Estas duas formas verbais confundem-se, embora signifiquem situações diferentes, porque dizem respeito a tempos verbais distintos.
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Assim, "fala-se" corresponde à terceira pessoa do singular do presente do indicativo, seguido do pronome «se» e refere-se a uma situação real. Vejamos o exemplo: Na política, fala-se de eleições.
Relativamente a "falasse", trata-se da primeira ou terceira pessoa do pretérito imperfeito do conjuntivo e designa, geralmente, uma situação provável. Atentemos no exemplo: Se ele falasse, teria melhores resultados.
Para evitar este tipo de enganos, sugerimos o seguinte: coloque a frase na negativa. Se o «se» mudar de lugar, significa que é separado por hífen: Na política não se fala de eleições.
Quando não muda de lugar, quer dizer que não se usa o hífen: Se ele não falasse, teria melhores resultados.
Como se pôde verificar, na primeira frase, na forma negativa, o «se» mudou de lugar, então, na afirmativa também é separado por hífen. Na segunda, o «se» não mudou de lugar; na afirmativa dobra o "s" e não se separa por hífen.
* Professora de Português e formadora para a área da língua portuguesa
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