A 94.ª edição da Feira do Livro de Lisboa já arrancou esta quarta-feira, no Parque Eduardo VII. Vem com horário alargado e várias melhorias ao nível das acessibilidades. Enre as estrelas estrangeiras, destaque para Michael Cunningham e Leila Slimani.
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São 350 pavilhões, 960 marcas editoriais representadas por 140 participantes que terão disponíveis para venda ao público 85 mil títulos. É a 94.ª Feira do Livro, abriu esta quarta-feira e até 16 de junho vai agregar diversas iniciativas, entre sessões de autógrafos, conversas com escritores, espetáculos de música ou cinema ao ar livre.
Entre os destaques para o dia inaugural conta-se o encontro de autores "Poesia africana", com Conceição Lima, Ana Paula Tavares, João Melo e Ondjaki, e uma conversa em torno do livro "Oriente próximo", com Alexandra Lucas Coelho, Shadd Wadi e a participação especial de Dima Akram.
Como habitualmente, há muitos autores internacionais que vão passar pelo recinto do Parque Eduardo VII, com destaques para nomes cimeiros da literatura como Leila Slimani, Michael Cunningham, Fernando Aramburu, Jean-Baptiste Andrea, Jeferson Tenório ou Joël Dicker.
A estes, juntam-se autores maiores da literatura nacional como Lídia Jorge, Afonso Cruz, António Jorge Gonçalves, Hugo Gonçalves, Joana Bértholo e João Tordo, entre muitos outros.
Feira está no seu limite
A edição da Feira do Livro de Lisboa deste ano chegou ao limite máximo da capacidade, com mais 10 pavilhões e duas novas praças, não sendo possível estendê-la mais nos próximos anos, confessou, à agência, Lusa Pedro Sobral, presidente da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL), responsável pela organização do evento.
A parte da programação será mais acessível, com uma agenda específica de eventos com língua gestual portuguesa, e a existência de um alfabeto de cores para daltónicos, que, entre outras coisas, ajuda as pessoas a orientarem-se nas praças, que são definidas por cores.
Outra novidade é a antecipação do horário de abertura da Feira, que passa a abrir ao meio-dia durante a semana, e às 10 horas nos fins de semana e feriados.
O horário de encerramento mantém-se às 22 horas, com exceção dos sábados, sextas-feiras e vésperas de feriado, em que fecha às 23 horas.
Melhores condições nos acessos
Outra das novidades deste ano é a forte aposta na acessibilidade de pessoas com mobilidade condicionada, graças a um protocolo assinado com a Access Lab (empresa que trabalha a questão da acessibilidade em Portugal, pelo direito à cultura das pessoas com deficiência) para os próximos três anos.
Já nesta edição, haverá mais casas de banho com acesso para pessoas de mobilidade condicionada e haverá também fraldários, em resposta aos pedidos das famílias.
Adicionalmente, as rampas vão estar mais bem sinalizadas e vai haver "uma formação bastante intensa por parte da Access Lab quer ao staff da APEL, quer aos participantes, para poderem dar informação adequada às pessoas de mobilidade condicionada", disse o presidente da APEL.