Com 527 edições publicadas em todo o mundo, Fernando Pessoa ainda é o mais universal dos escritores portugueses, segundo os dados da DGLAB. Seguem-se Eça de Queiroz e Gonçalo M. Tavares.
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No Dia Internacional da Tradução, que se assinala neste sábado, o "Jornal de Noticias" procurou saber junto da Direção Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas (DGLAB) como está a divulgação da literatura portuguesa no estrangeiro.
Há três anos que a DGLAB e o Instituo Camões criaram uma Linha de Apoio à Tradução e Edição (LATE), que promove e apoia edições nacionais, atribuindo uma verba de apoio às traduções e à edição que no ano passado ascendeu aos 250 mil euros. Nesse período foram apoiadas 104 editoras de 45 países, que publicaram 147 obras, em 37 línguas.
O castelhano é o idioma mais frequente, facto que se explica não apenas pela proximidade com Espanha, mas também pela presença significativa de países da América Latina. O inglês (com 15 traduções), o italiano (13), o francês (12) e o grego (8) são as línguas que se seguem, numa lista em que o francês ocupa uma posição surpreendentemente modesta.
Apesar do natural predomínio das línguas mais faladas, a DGLAB tem trabalhado também com tradutores de português em idiomas menos influentes, como o albanês, crota, norueguês, romeno ou búlgaro.
Em 2022, Fernando Pessoa voltou a ser o autor português que maior interesse suscitou nos editores internacionais, confirmando, uma vez mais, o estatuto de mais universal dos autores lusófonos. Nos lugares seguintes figuram Gonçalo M. Tavares e Lídia Jorge.
Nas 7114 obras de autores portugueses publicadas no estrangeiro (incluindo o Brasil), Fernando Pessoa volta a destacar-se. São 564 edições no estrangeiro. Igualmente populares são também Eça de Queiroz, com 329 edições, Gonçalo M. Tavares (226), Luís de Camões (147) ou Lídia Jorge (81).