O Festival da Canção 2017 arranca este domingo, estende-se a três domingos no horário nobre da RTP1 e culmina a cinco de março com a final em direto no Coliseu dos Recreios.
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Depois do hiato em 2016, o Festival RTP da Canção regressa renovado este domingo [e prolonga-se por três domingos, até cinco de março, dia da final no Coliseu dos Recreios, Lisboa], com a participação de compositores da música contemporânea como Rita Redshoes, Márcia, Noiserv, Samuel Úria e Luísa Sobral, entre outros, e uma gama de intérpretes, na maioria encontrados em "talent shows", como Fernando Daniel, Deolinda Kinzimba, Rui Drumond ou Pedro Gonçalves, por exemplo.
"A preocupação da RTP foi a de voltar dar um balão de oxigénio a um festival que estava quase moribundo", explica Tozé Brito, três vezes representante na Eurovisão e um dos nove membros do júri deste ano, que divide os votos com o público nas semifinais. "Temos um excelente lote de compositores, capaz de conseguir bons temas e atrair novos públicos para o concurso. É um festival de canções, têm que ser boas, das que passam para a rádio, para o dia-a-dia das pessoas, como antigamente. As que se tornam intemporais", diz ao JN.
Júlio Isidro, presidente do júri de 2017, afina pelo mesmo diapasão. "Não queremos ir buscar o passado, os bons velhos tempos do festival, queremos revitalizá-lo. Estou convicto de que estamos a fazer uma coisa muito importante. Não tenho dúvidas de que o festival vai chegar a gente mais nova. Cada um dos concorrentes e compositores chamará, com certeza, um novo público, que verá o festival com entusiasmo e curiosidade", conta o veterano, que conduziu várias edições do Festival da Canção.
Para Nuno Galopim, crítico musical e convidado pela RTP para repensar o modelo deste ano, diversidade é a palavra-chave. "Há várias gerações e géneros representados. Há uma procura pela diversidade que retrate uma realidade mais próxima do que é o panorama da canção popular portuguesa e uma reaproximação ao espaço do festival de nomes que o tinham deixado de ter na sua agenda de preocupações. Voltar a ser "cool" era a primeira conquista a alcançar", frisa.
Na edição deste ano, "a fasquia subiu muitíssimo", revela Inês Meneses, também jurada. "Espero que daqui saiam canções bem feitas que não têm a preocupação de ser "vendidas" ao estrangeiro. Apostemos primeiro em nós e depois, os outros", conclui a jornalista.
O vencedor do certame representará Portugal em Kiev, Ucrânia, em maio. Veja aqui a lista de atuações das duas semifinais:
Primeira semifinal (dia 19):
Canção 1: "Agora"
Intérprete, Música e Letra: Márcia
Canção 2: "Para Perto"
Intérprete: Golden Slumbers
Música e Letra: Samuel Úria
Canção 3: "Poema a Dois"
Intérprete: Fernando Daniel
Música: Nuno Feist
Letra: Nuno Marques da Silva
Canção 4: "O Que Eu Vi Nos Meus Sonhos"
Intérprete: Deolinda Kinzimba
Música: Rita Redshoes
Letra: Rita Redshoes/Sr Vulcão
Canção 5: "O Teu Olhar"
Intérprete: Rui Drumond
Música e Letra: Héber Marques
Canção 6: "Without You"
Intérprete e Letra: Lisa Garden
Música: Pedro Saraiva
Canção 7: "Amar Pelos Dois"
Intérprete: Salvador Sobral
Música e Letra: Luísa Sobral
Canção 8: "Nova Glória
Intérprete: Viva La Diva
Música e Letra: Nuno Gonçalves
Segunda semifinal (dia 26):
Canção 1: "My Paradise"
Intérprete: David Gomes
Música: Toli César Machado
Letra: Joana Duarte
Canção 2: "Nunca Me Fui Embora"
Intérprete: Lena d "Agua
Música/Letra: Pedro Silva Martins
Canção 3: "Ao Teu Olhar"
Intérprete: Beatriz Felício
Música e Letra: Jorge Fernando
Canção 4: "Dont Walk Away"
Intérprete: Pedro Gonçalves
Música/Letra: João Pedro Coimbra
Canção 5: "Andamos no Céu"
Intérprete: Helena Kendall
Música e Letra: João Só
Canção 6: "Primavera"
Intérprete: Celina da Piedade
Música e Letra: Celina da Piedade/Alex Gaspar
Canção 7: "Gente Bestial"
Intérprete: Jorge Benvinda
Música e Letra: Nuno Figueiredo
Canção 8: "Se o Tempo Não Falasse"
Intérprete: Inês Sousa
Música e Letra: Noiserv