Com 18 exposições e dezenas de atividades até 15 de junho, festival de banda desenhada traz ao Alentejo estrelas de BD como Pierre-Henry Gomont, Achdé, Mana Neyestani, Francisco Ucha, Luís Louro ou Victor Mesquita.
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A vigésima edição do Festival Internacional de Banda Desenhada de Beja inaugura-se esta sexta-feira, às 21 horas, abrindo portas às 18 exposições projetadas para este ano.
Até 15 de junho, a Casa da Cultura local acolhe obras de Portugal, França, Itália, Inglaterra e Alemanha, mas também do Brasil, Angola e até do Irão e da Palestina, numa imensa diversidade gráfica e temática que sempre marcou um evento capaz de juntar grandes nomes dos quadradinhos com outros mais marginais ou independentes, acolhendo também aqueles que estão a dar os primeiros passos.
Os que já conhecem o Festival, sabem que este primeiro fim de semana propõe muita animação, reencontros de amigos, descoberta de autores, conversas em redor de um livro ou de uma bebida, sessões de autógrafos, uma feira do livro e muitos lançamentos. Não faltam, também, a gastronomia tradicional das tasquinhas do certame e as pontes para a música através dos concertos desenhados e da animação garantida pelos presença de vários DJ nas noites de sexta e sábado.
O sistema de conversas rápidas, de apenas 15 minutos, que é uma das imagens de marca do festival, garante objetividade e ritmo e permite um olhar alargado e abrangente, não só sobre o que se edita em Portugal, mas também sobre projetos de outras latitudes, o que costuma trazer editores estrangeiros a Beja - como é o caso, este ano, do brasileiro Francisco Ucha, que apresentará, entre outros, o seu livro "Maurício & Companhia", sobre o criador da Turma da Mónica.
Estrelas da BD em Beja
Entre as quase três dezenas de autores presentes, destaque para os franceses Achdé, atual desenhador de Lucky Luke e do recentemente editado "Aii! A dor também se trata com humor" (Ala dos Livros), e Pierre-Henry Gomont, que adaptou "Afirma Pereira" (G. Floy), de Tabucchi, e vem lançar agora "Slava" (ASA). Presente estará também o exilado iraniano Mana Neyestani de que estão editados entre nós "Uma metamorfose iraniana" e "Os pássaros de papel" (Levoir).
No contingente português, Luís Louro, depois de Coimbra e da Maia, leva "Os filhos de Baba Yaga" (Arte de Autor/A Seita) e os festejos dos seus 40 anos de carreira até ao Alentejo, Paulo J. Mendes surge em Beja com uma nova edição de "O Penteador" (Escorpião Azul) e o veterano Victor Mesquita está de regresso a estes eventos para falar do terceiro volume de "Eternus 9".
Depois deste fim de semana intenso, o certame, que contará na inauguração com a presença do presidente da Câmara Municipal de Beja, Paulo Arsénio, prossegue em ritmo de cruzeiro, com oficinas e visitas guiadas para as escolas e uma Maratona de Desenhos, no dia 14 de junho, um dia antes de encerrar as suas portas. Todas as atividades são de entrada livre.