
A partir desta sexta-feira e durante três dias, Espinho é capital dos filmes a 360º, com o Festival de Cinema Imersivo no planetário do Centro Multimeios a apresentar mais de 30 filmes "fulldome" (em cúpula). Maioria dos filmes são absolutamente inéditos.
A sessão de abertura cabe ao filme "Life Under the Artic Sky" (a vida sob o céu do Ártico), às 21 horas desta sexta-feira. Um filme em projeção estereoscópica 3D, que "mostra a vida dos povos do norte e a sua relação com o ambiente, as dificuldades que enfrentam com a neve, o céu noturno e as auroras boreais", sublinha António Pedrosa, diretor do Planetário de Espinho e do festival.
Mais tarde, há "Noiserv no Espaço". Enquanto o músico David Santos (multi-instrumentista e criador da banda) atua, "o público vai poder navegar pelo universo", com recurso à nova tecnologia da sala, um simulador que gera imagens do Espaço em tempo real, projetadas na cúpula.
Todos os filmes a exibir estarão em competição e estão divididos em duas secções (curtas e mais de 30 minutos). Esta é a terceira edição festival, que quer ser bienal "para dar tempo de novas produções 'fulldome' surgirem e se ter uma programação atrativa e de qualidade", explica António Pedrosa. A esmagadora maioria dos filmes nesta edição nunca passaram em Portugal e chegam de todo o mundo.
As ciências têm lugar cativo na programação e aqui o destaque vai para "Neurotours", uma incursão interativa no ce"rebro humano, recriado com dados recolhidos através das mais recentes tecnologias de imagiologia, mas também há filmes sobre super-vulcões, as estrelas, os dinossauros, as árvores ou o corpo humano, entre outros. Pelo meio surgem as artes, como a música ou os desenhos e a arte matemática do artista gráfico das construções impossíveis, "Escher"s Universe".
Os filmes serão exibidos na versão em inglês, sem legendagem, dado o seu inovador método de projeção e de forma a proporcionar ao espectador uma maior sensação de imersão, avisam os organizadores. Os bilhetes custam 3,5euro por sessão.
