Festival de documentário começa em Melgaço com exibição de filmes de todo o Mundo
A edição 2023 do MDOC-Festival Internacional de Documentário de Melgaço começa esta segunda-feira, com 32 filmes a concurso, 170 inscritos nas várias atividades e trabalho de campo para produção cinematográfica e fotográfica sobre a região, e ainda exposições, debates e sessões de cinema para o público em geral.
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O evento, organizado desde 2014 pela Câmara de Melgaço em parceria com a AO NORTE – Associação de Produção e Animação Audiovisual, vai decorrer até 6 de agosto em vários pontos do concelho e ter como um dos pólos centrais o Museu de Cinema Jean-Loup Passek.
A participação nos prémios Jean-Loup Passek e D. Quixote, promovidos no âmbito do festival, vai levar a Melgaço projetos de todo o mundo. Concorrem este ano documentários de Espanha, China, EUA, Suíça, Bélgica, Holanda, Reino Unido, Irão, Républica Checa, França, Grécia, Índia, Noruega, Israel, Finlândia, Turquia e Líbano.
"Vamos ter filmes um pouco de toda a parte do mundo. Costumamos dizer que vamos ter o mundo em Melgaço".
Há um conjunto enorme de proveniências e de temas tratados, mas todos acabam por desaguar de uma maneira ou de outra, nos temas [propostos pelo MDOC], identidade, memória e fronteira", nota o diretor do festival, Carlos Viana.
As sessões de cinema são uma das principais atividades para o público em geral.
Com produção portuguesa serão exibidos filmes (a concurso] como "Cesária Évora" de Ana Sofia Fonseca, "Trilogia dos Vales", de Nuno Alves e Filipe Barreiro, "The Invisible Hands" de Hugo Santos, "Territórios Ocupados" de José Vieira, "Margot" de Catarina Alves Costa, "As Maças Azuis" de Ricardo Leite e "Astrakan 79" de Catarina Mourão.
No que toca aos internacionais, destacam-se "All That Breathes" de Shaunak Sen, documentário nomeado para os Oscars este ano, ou "Silent House" de Farnaz Jurabchian e Mohammadreza Jurabchian.
Entre as atividades do MDOC 2023, destacam-se a masterclass de Maythem Ridha "Contos do Iraque" - a interface híbrida entre realidade e ficção, e uma oficina do realizador Vítor Hugo Costa que desafiará os mais jovens "a desenvolverem projetos fílmicos com recurso a telemóvel". E uma exposição sobre "Imagens de Uma Idade de Ouro: O Cinema Alemão dos Anos 10 aos Anos 30", que junta cartazes, fotografias de filmes e retratos de atrizes da Universum FilmAG, (sociedade de distribuição e produção alemã fundada em 1917).
Decorrerão ainda um curso de verão dedicado ao cinema autobiográfico, e residências cinematográfica e fotográfica, para produzir quatro documentários e três projetos fotográficos sobre o território. E um encontro internacional de literacia, exposições, visitas ao museu Jean-Loup Passek, cinema ao ar livre, e debates com realizadores nacionais e internacionais.
No âmbito do MDOC, decorre nos dia 5 e 6 de agosto, a iniciativa "Salto a Melgaço", uma espécie de "tudo incluído", destinada ao público em geral, que contempla programação intensiva com projeção de filmes, diálogo com realizadores, visita a exposições, ao Museu de Cinema Jean-Loup Passek e ao Espaço Memória e Fronteira.