O Festival Internacional de Marionetas do Porto segue com as suas apresentações. A partir desta quarta-feira há um ansiado regresso.
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“Dura dita dura” é um espetáculo de formas animadas, do Teatro de Ferro que tem sido apresentada ininterruptamente desde 2009, fazendo dele a produção há mais tempo em cena. Hoje, regressa ao Porto depois de um hiato de 11 anos, no âmbito do Festival internacional de Marionetas do Porto, certame onde se estreou.
“Dura dita dura” com texto de Regina Guimarães fala sobre um Portugal,ainda antes da ditadura, vista pelos olhos de uma criança, demonstrando “a todas as idades a atmosfera de terror surdo que reinou, durante meio século, num país onde as paredes tinham ouvidos”. A premissa torna a obra mais abrangente e acessível. Este ano com as celebrações dos 50 anos da Revolução de Abril ganha uma nova dimensão e também mais solicitações.
Igor Gandra, intérprete da obra diz que tem a sensação "de regressar a casa, mas uma casa onde é preciso ter cuidados" cada vez que a torna a revisitar. E explica que ainda que não sofra do mal do perfecionismo tem a sensação de a fazer cada vez melhor.
Esta quarta-feira a obra tem duas récitas, às 11 e às 15 horas, onde terá aresentação em língua gestual portuguesa. Na quinta-feira terá outras duas novas sessões às 15 e às 19 horas, a última legendada em português.