Cristina Planas Leitão codiretora do DDD destaca que "criação de sentido de comunidade" foi a grande marca desta sétima edição que terminou ontem
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O Festival Dias da Dança (DDD), que decorreu entre 18 e 30 de abril no Porto, em Vila Nova de Gaia e em Matosinhos, "teve uma taxa de ocupação de espetáculos superior a 85%", revelou ao JN Cristina Planas Leitão, codiretora.
Ainda sem os números todos apurados, dado a sétima edição do DDD ter terminado este domingo, Planas Leitão explicou que este ano aconteceu um fenómeno distinto nos espetáculos e nos workshops. "Houve uma taxa de adesão muito elevada, mas depois do festival começar. As pessoas estão a comprar muito mais em cima do acontecimento".
Outra das constatações é que "houve uma renovação e um cruzamento de públicos gigante, com muitas pessoas novas. Catherine Gaudet trouxe um público, a festa de Odete outro e a performance de Dori Nigro outro completamente diferente", exemplifica a codiretora. Um dos segmentos com mais procura foi o das conversas que "acabaram por deixar muita gente de fora".
A isto acresce a contaminação de espectadores que "vinham apenas ver um espetáculo e acabam por ver sete. O movimento confirmou-se especialmente com o público mais jovem que ia partilhando via redes sociais", diz a responsável.
Nesta edição, a estratégia dos programadores passou também por ter os artistas presentes mais tempo: "A Vânia Doutel Vaz teve uma conversa, um workshop e um espetáculo, o que permite que o público possa ter contacto com a artista em diferentes prismas, vê-la no palco, em conversas ou no café", relata. Isto permite a "criação de um sentido de comunidade", o que Cristina Planas Leitão considera ser o grande marco desta edição do DDD.