Francisco Louçã, Patrícia Portela ou Gonçalo Waddington são alguns dos nomes do sexto Festival END, que arranca esta segunda-feira em Guimarães.
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“Seis dias de uma grande festa, com o país entre Guimarães e Coimbra”, é como define Mickaël de Oliveira a 6.ª edição do Festival END - Encontros de Novas Dramaturgias, que dirige e decorre a partir desta segunda-feira e até quarta-feira, em Guimarães, e de 21 a 23 de março, em Coimbra.
De frequência bienal, o Festival END promove e divulga a escrita original para teatro e outras artes performativas, selecionando dramaturgos para mostrar os seus trabalhos, nos mais diversos formatos de apresentação: espetáculos, seminários, debates, leituras encenadas e participativas, oficinas de criação e de dramaturgia e residências artísticas.
"Nós temos um editorial, os materiais da imaginação, uma ideia de tentar alargar a pesquisa a nível de dramaturgia. Espetáculos que abordam a questão identitária, como 'A gente na boate sofre' (amanhã no CCVF, Guimarães), escrita e dirigida por Diego Bragà, que regressa ao programa com o projeto musical 'Super Puta', que é um convite a ouvir, entender e a olhar para as pessoas não-binárias", refere Mickael de Oliveira.
Outras das questões tranversais no END são a da utopia como “Icária, Icária, Icária”, de Rui Pina Coelho; a conferência “Das Utopias às Distopias, a Imaginação Feliz e como se Desvaneceu”, de Francisco Louçã; e “Mercado das Madrugadas (ou manuais de instruções para revoluções futuras)”, de Patrícia Portela, todos no dia 23, dia de fecho do certame, no Teatro Académico Gil Vicente, Coimbra.
As propostas artísticas diferenciadas, como é o caso da performance de Bruno Reis para Estádio: “Na relva esfola menos”, apresentada hoje, às 12 horas, no Estádio D. Afonso Henriques, em Guimarães; na leitura radiofónica de “Madame de Quay” de Gonçalo Waddington; ou a proposta “A peça que falta” de Luís Araújo um espetáculo para acabar de vez com o espetáculo (amanhã no CCVF) são alguns dos destaques de Mickael de Oliveira.
Paralelamente o programa formativo irá juntar 70 estudantes e professores de dramaturgia entre Guimarães e Coimbra durante estes seis dias. Esta será a primeira vez de 2019 que regressam.