Festival Internacional de Marionetas do Porto: o abismo imaginário que nos desvenda a vida do mundo real
Festival Internacional de Marionetas do Porto começa na sexta-feira e dura dez dias. 25 companhias fazem 49 apresentações sobre o estado do Mundo.
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"De dentro para fora, de fora para dentro, de trás para a frente - e por aí adiante". O lema do 36.° Festival Internacional de Marionetas do Porto (FIMP), que decorre a partir de amanhã e até 19 de outubro, desenha uma cartografia poética do corpo e dos objetos. O corpo enquanto território, o objeto como extensão, o gesto como revelação. Igor Gandra, diretor artístico, define-o como "uma grelha de partida" para um festival que não teme o abismo entre o real e o imaginário: "Nesta prova, em que só se perde por falta de comparência, os prémios são muito tentadores - a revelação do funcionamento das coisas e dos mistérios do corpo, o desejo de mostrar o que as normas ditam esconder".
Este ano, em 49 récitas, o FIMP propõe um roteiro teatral de largo espetro, onde 25 companhias, 12 portuguesas e 13 estrangeiras, transformam o Porto num corpo em metamorfose. Objetos e seres híbridos animados que insistem em perguntar de onde vimos e para onde vamos.