O festival que é também uma convenção e um espaço de mostra de talento nacional e internacional recebe, de 8 a 11 de outubro, mais de 56 concertos e 50 atividades.
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Da promoção e valorização da música e novos talentos; da interrogação, do debate, do pensamento crítico e curiosidade; da procura e descoberta, escrevem-se, a cada ano, as linhas do MIL - Festival e Convenção -, que junta espetáculos, atividades e uma convenção, no objetivo comum da promoção e internacionalização da música, com destaque, mas não só, para a feita em Portugal.
De 8 a 11 de outubro, o evento enche o Beato Innovation District e a recém-inaugurada Casa Capitão, em Lisboa, com mais de 56 concertos e 50 atividades, que procuram também "interrogar o papel da cultura na sociedade contemporânea", refere a organização.
Tendo como objetivo primordial dar lugar a "novos sons e a talentos que em breve vão esgotar salas um pouco por todo o mundo", o festival arranca esta quarta-feira, com concerto da portuguesa Hetta.
No mesmo dia, a brasileira Maria Beraldo apresenta em estreia o seu novo álbum, "Colinho", seguindo-se, na quinta-feira, dois projetos belgas: o espetáculo de jazz, soul e eletrónica de Julie Rains, e a dupla de clubbing Accou & Marjolein.
Ainda na quinta-feira, Sila Lua, de Espanha, apresenta o seu novo disco, "Danzas de Amor y Veneno". No decorrer dos dias e em diversos espaços, há tempo para artistas como MAR, YANG, Saeira, o duo português 7777 の天使, Brisa Flow, Gros Coeur, Ão, Asa Cobra, Tixa, Vanyfox, RS Produções, o coletivo 1111, Romeu Bairos, Mano Jio, mariagrep, La Valentina, The Zawose Queens, Rislene, miaw, Margô JAWHAR e DalaïDrama, entre outros.
Ambiente de "partilha e descoberta"
Durante o festival, o Beato volta a ser palco para o cruzamento de artistas emergentes e consolidados, num ambiente "de partilha e descoberta que promove a circulação artística, o intercâmbio cultural e o diálogo entre diferentes perspetivas musicais", e que é também um apanágio do festival.
Em paralelo, decorre a Convenção Internacional, espaço de encontro, e reflexão crítica sobre o setor cultural. Entre palestras, mesas-redondas, oficinas, laboratórios e rodas de conversa, a convenção explora três eixos principais interligados, sendo eles Cultura e Política, Indústria da Música e Economia Noturna.
As notas de McKenzie Wark, Justin O"Connor, Ana Tijoux, Xullaji e a Lovers & Lollypops funcionam como um prefácio do programa, refletindo o mote central da Convenção. Ao longo de quatro dias, o programa reúne artistas, jornalistas, investigadores, ativistas, educadores e outros profissionais do setor cultural, de conversas a laboratórios, procurando afirmar "a cultura como dimensão central na defesa dos direitos, da vida em comum e da participação democrática", segundo no editorial da 9.ª edição da Convenção.
O cartaz completo pode ser consultado no site oficial do festival, em www.millisboa.com. Os bilhetes têm várias diferentes modalidades disponíveis, mas começam nos 15 euros.