Daddy G, José James, Roberto Fonseca, Ana Moura, Juliana Linhares, Aja Monet e muito mais: festival grátis começa esta sexta-feira e vai até domingo. Edição de 2026 é ainda uma incógnita.
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Amarante recebe a partir desta sexta-feira o 6.° Festival Mimo. De entrada livre, oferece uma programação rica e diversificada, mais de 60 atividades culturais e musicais, com artistas de 13 nacionalidades. Durante três dias, a cidade é um palco a céu aberto. Em 2024, chamou 70 mil pessoas, número que a organização quer superar este ano.
“O festival não se limita a um único recinto, ocupa a cidade inteira, que é lindíssima”, diz ao JN Lú Araújo, curadora, diretora do Mimo e fundadora do certame que tem raízes no Brasil.
No topo do cartaz estão a fadista Ana Moura, o norte-americano José James e Daddy G, fundador dos Massive Attack, que atuará em DJ set. O festival destaca-se ainda na curadoria cuidada e diversa que inclui Chief Adjuah (ex-Christian Scott), a poeta e performer Aja Monet, os Fogo Fogo, Juliana Linhares, Momi Maiga, Natascha Falcão, Sona Jobarteh e o pianista cubano Roberto Fonseca.
A estreia, sexta-feira, é com Juliana Linhares, no Parque Ribeirinho, seguida pelo fado reinventado de Ana Moura. Fogo Fogo promete um espetáculo eletrizante de influência afro-lusófona, e a noite fecha com um set de Cal Jader B2B Ritmos Cholulteka.
No Cineteatro de Amarante, o trio brasileiro Mocofaia junta percussão, teclas, poesia e ancestralidade. O Mimo Lounge prolonga a festa com os DJs Botafogo e Phephz.
Sábado é dominado pela fusão artística. Chief Adjuah traz jazz afrofuturista e espiritual, ao lado da flautista Elena Pinderhughes. José James lança soul-hip-hop sofisticado, Daddy G comanda as batidas, e Aja Monet distribui poesia e ativismo. A brasileira Jéssica Gaspar junta-se com pop de vanguarda.
Domingo celebra os ritmos globais: Natascha Falcão, Carlos Malta & Pife Muderno, Sona Jobarteh, Roberto Fonseca e Farofa, num DJ set que cruza Brasil, África Ocidental e eletrónica.
E volta em 2026?
O Mimo oferece também workshops, visitas guiadas, feira criativa e atividades para famílias no Parque Ribeirinho e no Centro Cultural de Amarante.
Lu Araújo realça que “o Mimo mantém-se fiel à proposta de ocupar espaços patrimoniais com música de qualidade”. E voltará em 2026? “Se for a última edição, será memorável. Se marcar o início de um novo ciclo, será bem-vinda”, diz a diretora.