O programa dos 25 anos dos Festivais Gil Vicente, principal evento de teatro contemporâneo de Guimarães, foi apresentado com o maior orçamento de sempre e integrado na Capital Europeia da Cultura. Decorre de 6 a 16 de junho e conta com sete produções teatrais, das quais cinco são estreias absolutas.
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Para acompanhar as bodas de prata do casamento entre a Câmara, a cooperativa Oficina e o Círculo de Arte e Recreio, junta-se a Fundação Cidade de Guimarães, organizadora da Capital Europeia da Cultura (CEC) e "principal responsável pelo incremento orçamental", afirma o diretor da Oficina, José Bastos.
O montante financeiro disponível para o festival "é de cerca de 200 mil euros", adianta o mesmo responsável, ao JN. A verba disponível mais do que duplicou, pois em 2011 foi de 85 mil.
O arranque dá-se com "As barcas", baseado nos textos de Gil Vicente. O primeiro ato continua a 7 e 8, com a estreia de "Nióbio". A 9, há 12 horas de "Os Lusíadas". A peça assinala os 440 anos da obra de Luís de Camões e vai interpretar os cantos, na íntegra, através de récita e performance.
O segundo ato dos festivais começa com "Joane", a 13, e continua no dia seguinte, com "Top Models: Paula Sá Nogueira (Um bestiário)". No fim de semana de encerramento, estão previstas homenagens a Raul Brandão e William Shakespeare.
"Ilhas" estreia a 15, numa reinterpretação do livro "As ilhas desconhecidas", do escritor português, aquando da visita à Madeira e Açores em 1924. Já "Sonho de uma noite de Verão" mistura a obra de Shakespeare com o mesmo nome e "The Fairy queen", de Henry Purcell. Decorre a 16 e é o último espetáculo dos festivais.