Em tempos de pandemia de covid-19, o evento reinventou-se e vai assinalar a data com a celebração das artes performativas através de espetáculos online.
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"Num ano desafiante para o mundo da cultura e em que todos precisamos de algum ânimo, não podíamos deixar de celebrar, com pompa e circunstância, os dez anos de vida do Periferias", refere Nuno Correia Pinto, presidente da direção do Chão de Oliva - Centro de Difusão Cultural em Sintra, promotor do festival, citado num comunicado enviado à comunicação social.
O festival será dividido em quatro momentos e adotará um modelo híbrido, começando com um prelúdio da Primavera entre os dias 18 e 21 de março.
"Estaremos juntos em direto, ou em transmissão nas diversas plataformas, a debater o presente e o futuro do teatro e das artes performativas na sua relação com as tecnologias, a refletir sobre as questões emergentes da nossa contemporaneidade, a discutir como é que a arte estimula os indivíduos a apropriarem-se do mundo para transformá-lo e repensar as relações humanas", explica Nuno Correia Pinto na nota.
Durante quatro dias, o Periferias Primavera anuncia uma programação diversificada para público de várias idades, nas suas casas, com espetáculos de teatro, poesia, música e conversas que promovem momentos de reflexão.
As cortinas abrem dia 18 com a peça "Bazuca news", do grupo artístico portuense Teatro da Palmilha Dentada, e no dia 19 o convite é para embarcar n'"Uma viagem pelo Mundo da Poetry Slam", um encontro de poesia que contará com convidados de vários pontos lusófonos e europeus.
Já no dia 20, as Conversas Periféricas, em sessão virtual, contam com a participação de criadores, programadores e representantes de entidades nacionais, e no dia 21, para os mais novos, haverá o espetáculo "PaPI-Opus 8", da Companhia de Música Teatral, de Famalicão, numa viagem virtual ao mundo dos pássaros, que envolve teatro, música e movimento.
Por fim, o Periferias Primavera encerra a estação com um concerto do músico NBC, que apresentará o álbum "Epiderme", criado a solo durante o confinamento.
Após os espetáculos de Primavera, a direção do festival prevê que os restantes momentos do ano acompanharão o regresso à normalidade com diferentes formatos.
No verão, o festival deverá sair à rua e, no outono e inverno, prevê-se que regresse às salas de espetáculo.