
Defender o trabalho dos profissionais da música portuguesa é um dos objetivos do festival
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Aurea, C4 Pedro, Diogo Piçarra e Mão Morta integram o cartaz do Sol da Caparica, festival em Almada apresentado esta quinta-feira à comunicação social. O arranque está marcado para 11 de agosto.
A pluralidade de espetáculos, bem como a diversidade de artistas, um total de 33, e a defesa do trabalho dos profissionais da música portuguesa que todos os dias levam a língua de Camões além-fronteiras são os principais objetivos do festival, como refere António Guimarães, diretor do certame.
"Estamos a viver um período único na história da música nesta região entre Lisboa e Setúbal. Temos três milhões de cidadãos entre Lisboa, Sintra e Almada provenientes de quase 50 comunidades e isso traz para a cultura um valor inestimável", continua António Guimarães, durante a apresentação do festival, na Casa da Cerca, em Almada.
A sul do Tejo, nos últimos anos, houve uma grande aposta cultural na reinvenção de estilos musicais oriundos de África, tais como o kizomba e kuduro, razão pela qual o Sol da Caparica não vai deixar passar em branco a sua celebração nesta terceira edição.
Nelson Freitas, artista cabo-verdiano que dispensa apresentações desde o célebre "Bo tem mel", não podia deixar de marca presença neste festival que celebra a música portuguesa e todos os seus artistas. "Espero um festival muito quente, o cartaz está muito forte e vou dar cem por cento para estimular todo público que acredito que vai estar muito mais à vontade para dançar. Estes concertos na praia deixam sempre as pessoas mais livres para se divertirem", considera Nelson Freitas.
A opinião é partilhada por Aurea, que vem de um longo trabalho em estúdio para a gravação do álbum "Restart", tendo apresentado recentemente o novo single "I didn"t mean it": "É muito especial para mim tocar neste festival que destaca os artistas portugueses e vou fazer de tudo para dar um grande espetáculo". A artista alentejana deposita grandes esperanças no Sol da Caparica onde, além de atuar, deseja assistir "ao maior número de concertos possíveis".
Já C4 Pedro não vai "ficar por aqui", como a sua música deixa transparecer. "Tocar na praia é uma sensação muito boa. Ao ar livre, principalmente na praia, vemos as pessoas mais animadas, folgadas e mais recetivas", diz C4 Pedro, que espera uma grande adesão ao seu espetáculo.
O Sol da Caparica nasceu há três anos pelas mãos da autarquia almadense como um autêntico serviço público, onde os munícipes de Almada têm até desconto nos ingressos. António Matos, vereador da cultura na Câmara Municipal de Almada, aponta para a sustentabilidade do certame ao longo dos próximos, certame este que se afigura como uma aposta importante na cultura do concelho. "A autarquia e todos os patrocinadores deste festival fizeram com que o Sol da Caparica crescesse exponencialmente em três anos", acrescentou.
O custo dos ingressos varia entre os 15 euros diários e os 35 para o passe geral.
