Décima edição do festival Trengo arranca no dia 25, com extensões a Penafiel e Viseu. Treze espetáculos vão ser apresentados em cinco dias.
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A história do vínculo das artes circenses com a cidade do Porto em festival faz recuar no calendário até 2016, ano em que se estreava o Trengo. Desde então, nada o impediu de fazer a sua aparição anual – nem a pandemia, que motivou a uma edição com o nome “Trengolas” – e de mostrar o mundo do circo contemporâneo.
Este ano não é exceção: o Trengo parte para a décima edição a 25 de junho (e termina quatro dias depois, a 29). O epicentro do festival é no Porto, mas há extensões até Viseu e Penafiel. No centro da metrópole distribui-se entre o parque do Covelo, Clube Erva Daninha, Teatro Campo Alegre, Rivoli e Coliseu. O programa do projeto que tem a direção artística de Julieta Guimarães, da companhia Erva Daninha, já é conhecido.
São 12 os espetáculos que acontecem ao longo dos cinco dias que perfazem o Trengo. Há um 13º espetáculo, fora das datas do festival, mas ainda no seu âmbito, no Teatro Viriato, em Viseu, no dia 21: “Ovvio”, do Klektiv Lapso Cirk, que vai apresentar “QOROQ” a 26 e 27 no Teatro Campo Alegre e a 29 no Centro Cívico Valpedre (Penafiel). A diretora artística do Trengo reconhece ao coletivo uma “originalidade técnica e estética”.
A inauguração acontece no Parque do Covelo com “Look inside your pocket”. Nesta performance, Fernando Nogueira, galardoado com a Bolsa Trengo 2025, parte de um Mastro Chinês para uma intermitência que se rompe quando encontra um rádio no bolso de um velho casaco. O espetáculo acontece nos dias 25 e 26 pelas 18.30 horas. A animação não fica por aqui: segue-lhe, pelas 19.15 horas, “Pocket Loop”, um concerto que cruza dois malabaristas e um baterista num repertório que começa no jazz, passa pelo rock e culmina numa canção de amor.
O programa do festival de artes circenses abrange os mais vastos públicos. Para o infantil, Julieta Guimarães não deixa de sugerir as marionetas e o malabarismo que caracterizam o “Compaña”, de Xampatito Pato, e passa pelo Coliseu do Porto (dias 28 e 29) e por Penafiel (27). Melissa Von Vépy, figura incontornável do circo contemporâneo a nível europeu e mundial, vai passar pelo Rivoli com “Piano rubato” nos dia 27 e 28, numa apresentação com música ao vivo. A Catalunha tem uma forte presença nesta décima edição, fruto do programa “Latitudes”, e surge com o apoio do governo catalão, através da Associação de Profissionais de Circo da Catalunha com três propostas que refletem o (des)equilíbrio do panorama atual, quer nacional, quer mundial. Não fosse um dos espetáculos funambulismo (“H”, de Mariona Moya).
Os espetáculos no parque do Covelo são gratuitos. Nos restantes espaços carecem de bilhete, com custo compreendido entre os 5 e os 9 euros. A programação completa está disponível no site da companhia Erva Daninha.