Organização revelará cartaz completo este mês e promete "salto qualitativo". Palco histórico vai ser reativado.
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Os Limp Bizkit cancelaram a atuação de 2022 em Vilar de Mouros, mas a banda norte-americana voltou à estrada e na sua rota pelo Reino Unido e Europa encaixa qualquer uma das datas do festival na mítica aldeia de Caminha, marcado para 25, 26 e 27 de agosto.
A organização, a cargo da produtora Surprise & Expectation, ainda não anunciou oficialmente qualquer nome, mas o célebre grupo de nu-metal do vocalista Fred Durst, que no fim de abril atuou em Munique, na Alemanha, e no verão andará em digressão pela Europa, vai garantir o seu regresso a Portugal, apurou o JN.
O histórico Palco do Casal, que deu origem ao Festival Vilar de Mouros de 1968, há mais de meio século, e que nas anteriores edições foi espaço de animação DJ ao fim da noite, será este ano reativado como palco secundário no recinto.
"Os Limp Bizkit, que no ano passado cancelaram, este ano estão alinhados com o festival", sublinhou ao JN, Diogo Marques, da organização, referindo: "Só dentro de 15 dias é que vamos poder lançar os nomes, os dias e tudo do cartaz. Estamos numa luta grande para obter o OK das bandas, porque ainda estão todas a delinear as tours e não querem que se anuncie antes".
Diogo Marques adiantou, no entanto, que este ano o público "pode esperar a continuidade do trabalho apresentado nos últimos anos", isto é, "de um crescimento em termos dos artistas". E acrescentou: "Estamos a demorar mais tempo a apresentar o cartaz porque queremos, justamente, continuar nessa linha", justifica.
Câmara dá 270 mil euros
Aos fãs que aguardam pela divulgação oficial do cartaz, com Limp Bizkit no alinhamento, Diogo Marques garante que Vilar de Mouros dará, na próxima edição, "um salto qualitativo". E que um dos nomes fortes que se perfilam poderá, até, fazer subir os preços na bilheteira - em 2022, o bilhete diário custava 45 euros e o passe de três dias 90 euros.
"O preço ainda está pendente de um dos artistas que estamos a tentar fechar. Se tivermos esse nome muito forte que estamos a negociar, poderemos ter de, nem que seja apenas nesse dia [da atuação], subir um bocadinho o valor", explicou.
Vilar de Mouros perdeu o "name sponsor" das anteriores edições, a EDP, mas a organização indica que "entraram outros patrocinadores", que asseguram "a sustentabilidade económica" do histórico festival.
Ao JN, Rui Lages, presidente da Câmara de Caminha, parceira da organização ao lado da Junta de Vilar de Mouros, confirmou estarem já protocolados os apoios: a Câmara de Caminha investe 270 mil euros, além de dar apoio logístico e de ceder espaços para a realização do certame. O autarca disse confiar que o festival vai "superar a edição do ano passado".
Quanto à estrutura do recinto, o organizador Diogo Marques adiantou que a edição 2023 reserva "ativação de outras áreas, dentro do festival, da praia fluvial [do rio Coura] e no camping". "Vamos ter mais estruturas, como um supermercado", disse, indicando que serão providenciados "mais lugares sentados", o que já aconteceu em 2022, "para conforto do público".
No antigo recinto de Vilar de Mouros, a animação e atividades começam dois dias antes do festival, já a 23 de agosto.