Festival de cinema juntou mais de 8500 espectadores no Batalha Centro de Cinema. Em 2026 vai ter uma edição especial, em janeiro.
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Os vencedores do 9.º Indie Júnior Porto são “A menina com os olhos ocupados”, de André Carrilho (Prémio APEI); “Lola e o piano barulhento”, de Augusto Zanovello (Prémio Impacto); e “Francisco perdido”, de Frederico Mesquita (Prémio do Público).
O festival de cinema terminou domingo, nas salas do Batalha Centro de Cinema, somando mais de 8500 espectadores, segundo a organização, tendo sido a melhor edição de sempre entre público escolar e familiar.
Durante uma semana, de 27 de janeiro a 2 de fevereiro, a 9.ª edição do Indie deu a conhecer mais de 50 curtas-metragens para infância e público juvenil num ambiente de festa e de partilha de conhecimento em comunidade, revela a organização.
Problematizar o uso dos telemóveis
Das curtas metragens nacionais e internacionais a concurso, “A menina com os olhos ocupados” conquistou o júri do Prémio APEI (Associação de Profissionais de Educação de Infância) constituído, pela primeira vez, nesta edição para premiar um filme para a primeira infância.
A curta de André Carrilho destacou-se pela abordagem “pertinente e sensível o uso excessivo do telemóvel, uma problemática tão presente na sociedade atual”, relevando ainda “o cuidado estético e criativo, onde a aguarela parece ganhar vida propria”, assim como a “fusão harmoniosa entre imagem, som e música que conduz o espectador numa viagem empolgante e de descoberta”.
O mesmo júri atribuiu ainda a Menção Honrosa à curta “Sr. Frágil”, de Emilia Miekisz, “pela originalidade e criatividade com que transforma objetos do quotidiano infantil, como blocos de construção, em elementos narrativos”.
O Prémio Impacto oferecido pela Universidade do Porto coube ao filme de Augusto Zanovello, “Lola e o piano barulhento”.
O júri, composto por elementos da academia e jovens estudantes do ensino secundário, enfatizou não só “o encanto e a ternura da história”, mas também a “audácia de conseguir propor uma solução replicável e mesmo científica, que mostra uma caminho de integração na comunidade exequível, humano e sensível”.
A Menção Honrosa foi atribuída a “T-Zero”, de Vicente Nirõ, curta-metragem sobre a problemática da habitação nos centros históricos da cidades.
O Prémio do Público é escolhido pelos espectadores de todo o festival e é apurado através de votações feitas em boletim de voto distribuído no fim das diferentes sessões. Este ano o grande vencedor foi a ficção “Francisco perdido”, de Frederico Mesquita, história de um adolescente de 12 anos, um amor que não é retribuído e de um encontro fortuito que corre de forma inesperada.
Décima edição é em janeiro de 2026
O Indie Júnior Porto contou este ano com 85 sessões e mais de 50 filmes em sala. A próxima edição será especial: vai assinalar uma década de Indie Júnior na cidade Invicta.
A 10.ª edição do festival regressará ao Batalha Centro de Cinema em janeiro de 2026.