A partir desta quarta-feira e até dia 21 de junho estarão em cena, no Porto, 45 espetáculos que pretendem mapear a geração criativa dos nascidos na década de 1970.
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O Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica (FITEI) começa esta quarta-feira um novo ciclo. Até dia 21 de junho estarão em cena, no Porto, 45 espetáculos, todos frutos da programação de Gonçalo Amorim, novo diretor artístico do FITEI. "Esta edição é uma espécie de estaca zero, um recomeço sem voltar as costas. O festival é uma marca muito forte na cidade, no nosso país, um novo fôlego para que Portugal resista às investidas da ditadura dos mercados sem fronteiras", explica o diretor.
Para esta edição o FITEI conta com a Câmara Municipal do Porto e com o Teatro Nacional de S. João como parceiros institucionais. O apoio da Direção Geral das Artes ainda não está confirmado mas "será precioso para nós, precisamos mesmo de o ter, neste momento temos a cabeça no cepo. Os resultados devem sair a qualquer momento, tivemos uma avaliação positiva por isso decidimos avançar", relatou o diretor artístico. Paulo Cunha e Silva, vereador da cultura da Câmara Municipal do Porto, revelou que a autarquia atribuiu um apoio de 56 mil euros ao festival, sem contar com a disponibilização de espaços do Teatro Municipal do Porto.
O festival inicia-se às 21.30 horas, no largo da estação de São Bento com a obra "Poéticas Urbanas" da companhia de teatro brasileira Andaime, com récita quinta-feira às 18.30 horas. Também quinta-feira, o auditório Manoel de Oliveira no teatro municipal Rivoli acolhe "Britânico", de Jean Racine, pelo Ao Cabo Teatro, com encenação de Nuno Cardoso.
Fundação de Serralves, Teatro Municipal Rivoli, Teatro Carlos Alberto, Teatro Nacional S.João, Mosteiro S. Bento da Vitória, freguesia de S. Lázaro, Estação S. Bento. Fundação José Rodrigues, Teatro Helena Sá e Costa, Maus Hábitos, Museu Nacional Soares dos Reis e Escola Superior Artística do Porto são os palcos para o Festival.
Sem espetáculo de abertura nem de encerramento, o FITEI deste ano vai ter "um espetáculo de epicentro", como explicou Gonçalo Amorim, referindo-se a "Um Museu Vivo de Memórias Pequenas e Esquecidas", pelo Teatro do Vestido, em cena no dia 11 de junho, no Teatro Nacional de S. João.