Leonel de Castro, fotojornalista do JN, venceu três prémios da Estação Imagem 2020 Coimbra.
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Leonel de Castro, fotojornalista do Jornal de Notícias (JN) e vencedor do prémio Estação Imagem Coimbra 2019, arrebatou, pelo segundo ano consecutivo, o galardão Fotografia do Ano, com uma imagem intitulada "Voo de Esperança", que retrata uma rapariga moçambicana, em pé, num baloiço, na cidade da Beira, atingida pelo ciclone Idai.
"Uma menina adolescente voa em direção aos céus por entre as árvores destruídas. Numa das principais artérias da cidade da Beira, Moçambique, depois de a província de Sofala ter sido dizimada com a passagem do ciclone Idai", refere a organização.
Na atual edição dos prémios Estação Imagem, a 11ª e a terceira realizada em Coimbra, Leonel de Castro venceu igualmente o galardão da categoria Assuntos Contemporâneos, com a reportagem "Os Continuadores", feita no orfanato municipal com o mesmo nome na cidade da Beira, também afetado pelo ciclone Idai e "ainda mais desvalido, a precisar de obras, equipamentos e alimentos". Leia aqui a reportagem.
O fotojornalista do JN foi ainda agraciado com uma menção honrosa na categoria Vida Quotidiana, com um trabalho sobre o Grande Hotel Beira, que chegou a ser o maior hotel de luxo do continente africano e "agora está em avançado estado de degradação e dá abrigo a 4 mil pessoas", lê-se na sinopse da reportagem.
José Sarmento Matos venceu o prémio Estação Imagem 2020 Coimbra, com um trabalho sobre o regresso a Portugal de uma família luso-venezuelana. A reportagem vencedora, intitulada "Abandonando o Sonho Venezuelano", foi feita na Venezuela e em Portugal, "documentando os dois lados da vida da mesma família", assinala a organização do prémio de fotografia.
"Fugiram de uma Venezuela em profunda crise humanitária, largando entes queridos, vidas inteiras, o sentimento de pertença e a identidade no recomeço de uma nova vida", acrescenta.
Os prémios Estação Imagem 2020 Coimbra - entregues este sábado numa cerimónia realizada no Convento de São Francisco - foram selecionados por um júri composto por Patrick Chauvel, fotógrafo de guerra independente e o mais antigo repórter de guerra em exercício, que presidiu, Brent Stirton, correspondente sénior da Getty Images, vencedor de 12 prémios World Press Photo e Fotógrafo do Ano de Vida Selvagem da National Geographic em 2017, Felipe Dana, fotojornalista brasileiro da Associated Press, e João Silva, fotógrafo do The New York Times desde 2000.
O festival de fotojornalismo começou no dia 5 com a inauguração de oito exposições, em diversos pontos de Coimbra, ficando a maioria patentes até 26 de setembro.
As alterações climáticas, migrações, o fim do Estado Islâmico ou os protestos em Hong Kong são alguns dos temas retratados nas exposições.