O ensaísta, tradutor, ficcionista e poeta Frederico Lourenço é o protagonista da sessão deste mês do ciclo literário Porto de Encontro, neste sábado, às 17 horas, no auditório da Biblioteca Almeida Garrett, no Porto
Corpo do artigo
A apresentação de "Evangelhos Apócrifos, Gregos e latinos" serve de mote à edição deste mês do ciclo promovido pela Porto Editora. Depois de ter traduzido alguns dos mais significativos textos canónicos, da Bíblia aos clássicos gregos, Frederico Lourenço entregou-se à missão de verter para português um conjunto de escritos históricos vulgarmente designado de "Evangelhos apócrifos", que permaneceram desconhecidos até à segunda metade do século XX e que ainda hoje suscitam controvérsia.
O livro vai ser comentado pelo poeta e professor universitário José Rui Teixeira, numa sessão onde haverá ainda leituras de excertos da obra a cargo de Isamel Calliano.
Frederico Lourenço nasceu em Lisboa, em 1963, e é atualmente professor associado com agregação da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e membro do Centro de Estudos Clássicos e Humanísticos da mesma instituição.
Além da "Ilíada", traduziu também a "Odisseia" de Homero, tragédias de Sófocles e de Eurípides, e peças de Goethe, Schiller e Arthur Schnitzler. Em 2016 iniciou na Quetzal a publicação dos seis volumes da sua tradução da Bíblia (que lhe valeu o Prémio Pessoa); em 2019 publicou uma "Nova Gramática do Latim"; em 2020, "Latim do Zero a Vergílio em 50 Lições" e "Poesia Grega de Hesíodo a Teócrito" (edição bilingue em grego e português); e, em 2021, as "Bucólicas" de Vergílio (em latim e português).
No domínio da ficção, é autor de "Pode Um Desejo Imenso" (2002). Na poesia, é autor de "Santo Asinha e Outros Poemas" e de "Clara Suspeita de Luz". Publicou ensaios como "O Livro Aberto: Leituras da Bíblia", "Grécia Revisitada", "Estética da Dança Clássica" e "Novos Ensaios Helénicos e Alemães" (Prémio PEN Clube de Ensaio 2008). Recebeu ainda os prémios PEN Clube Primeira Obra (2002), Prémio D. Diniz da Casa de Mateus (2003), Grande Prémio de Tradução (2003), Prémio Europa David Mourão-Ferreira (2006).