Hoje, é chegar a Guimarães e pegar no mapa para um dia de cultura. O "Noc-noc" começou ontem e inundou a cidade de eventos culturais. São mais de 500 os artistas que expõem, desenham, cantam ou encenam em cerca de 70 espaços do centro citadino.
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Ao longo das ruas, bares, museus, casas particulares, associações e espaços da Capital Europeia da Cultura (CEC) há, permanentemente, eventos a decorrer. São 320 certames, alguns contínuos, organizados pela associação Ó da Casa, composta por vimaranenses com o objetivo de "valorizar artistas e incentivar a criação cultural", referem os responsáveis.
Para participar no "Noc- -noc", é chegar e bater à porta, se esta não estiver já aberta. Os espetáculos são gratuitos, mas o roteiro dificilmente se faz sem preencher os dois dias em "viagem", dada a magnanimidade do evento. Este permite, ainda, que haja "um intercâmbio cultural entre artistas que nunca se conheceram", afirma Adriana Ribeiro, organizadora.
A cerimónia de abertura teve o coro Outra Voz, da CEC, a entoar músicas a partir das varandas e ruas da Praça de Santiago e Largo da Oliveira. Destaque para a participação de vários grupos internacionais, entre os quais um coro composto por 27 japoneses, situados permanentemente em animação no Largo da Oliveira.
Centenas presenciaram o momento de abertura, mas são já muitos milhares os que participaram na segunda edição do "Noc-noc", evento cuja estreia se deu no ano passado com cerca de cinco mil pessoas na rua.
Entre os destaques de hoje, contam-se uma performance ioga, com Isabel Salgado, na Rua da Rainha, das 16 às 20 horas; esculturas de bolso, uma exposição permanente de Filomena Almeida, no Largo do Toural, permanente; um concerto de vários artistas na Rua Gravador Molarinho, às 18 horas; a iniciativa "Viewtrace", de Rumi Kawamura, na Praça de Santiago, das 13 às 17 horas; um concerto dedicado às músicas do Mundo, com o Coro da Câmara de Barcelos, ACIG, às 19 horas; uma rábula esperta (teatro), com o Grupo Cemcenas, no Restaurante Nicolino, às 17 horas, as bubadeiras de cor (mural lomográfico), no número 71 da Alameda de São Dâmaso, também em exposição permanente.