Espetáculo com encenação de Nuno Cardoso e música original de Alexandre Soares chega ao Coliseu do Porto esta sexta-feira. Há récitas até 7 de janeiro, incluindo nos feriados de Natal e de ano novo.
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O que têm em comum o escritor Gonçalo M. Tavares, o músico Alexandre Soares e o encenador Nuno Cardoso? Os três profissionais estreiam-se agora no formato de circo, sendo responsáveis pela história, música e encenação, respetivamente, de mais uma edição do Circo de Natal do Coliseu do Porto.
O espetáculo que acontece ininterruptamente desde 1941 tem estreia marcada para esta sexta-feira, mantendo-se em cena até 7 de janeiro.
Comecemos pela narrativa. A história, um original de Gonçalo M. Tavares, na sua estreia a escrever para circo, dá a conhecer a "viagem onírica de homenagem à memória, através do amor de um neto pelo seu avô".
Na conceção do texto, o escritor garante que teve sempre em mente o público principal - crianças -, sem nunca as diminuir. "Houve uma altura em que o circo estava fechado em algo infantil, hoje, e este principalmente, é algo pensado para toda a família, adultos incluídos, e tenho muito orgulho de poder fazer parte desta peça", diz o autor.
Também o músico Alexandre Soares, cofundador dos GNR, conta ao JN que, na sua estreia em circo, a ideia de infantilizar nunca esteve presente. "O que mais me cativou no convite foi fazer parte de uma visão de circo diferente". O trabalho de criação dos originais arrancou com a leitura do texto de Gonçalo M. Tavares e foi-se moldando à medida que o músico entrava mais na dinâmica. "Foi já a observar as acrobacias que comecei a adaptar", admite.
Sobre a sua estreia num novo género, depois de mais de 40 anos de carreira, Alexandre Soares assume que "essa é a parte boa da vida". "Tinha a ideia que música para circo era algo completamente distante de mim, mas com este processo acabei por perceber que, afinal, há muito em comum, principalmente a ideia dos sonho, sempre presente neste Circo de Natal e também bastante próxima de mim".
Há espetáculos nos dois feriados
Em palco, não faltará o que de mais típico o circo tem: malabarismo, voos e acrobacias, tudo desenvolvido por artistas de diversos países. Também em estreia estará a nova tecnologia de hologramas da autoria de Luís Porto e desenho de luz de Cárin Geada.
Entre esta sexta-feira e o dia 7 de janeiro, destaque para as sessões de Natal e de Ano Novo, nos dias 25 de dezembro e 1 de janeiro, ambas às 17 horas.
Os preço dos bilhetes varia entre os 9 e os 20 euros.