O vice-presidente emérito do Grémio Literário, Afonso Manuel Braga da Cruz, faleceu na madrugada desta quinta-feira, aos 93 anos, na sequência de uma queda sofrida na semana passada, que o deixou em coma.
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Natural de Braga, o dirigente foi para Lisboa aos 18 anos, para estudar no Instituto Superior Técnico. Após a licenciatura em Engenharia de Minas, chegou a ser assistente naquela universidade, mas abandonaria a carreira docente para se dedicar à gestão empresarial, com interesses em vários países e em áreas como a produção de molho de tomate.
A ligação ao Grémio Literário, instituição criada em 1846 por carta régia, remontou ao início da década de 1970, tendo desempenhado diferentes cargos na direção, conselho fiscal e assembleia geral.
Atual presidente da direção, António Pinto-Marques recorda “o percurso exemplar, no campo moral, cultural e cívico” de Afonso Manuel Braga da Cruz, “um associado para quem o Grémio Literário era uma autêntica casa”.
O presidente da assembleia geral, Manuel António Braga da Cruz, primo do malogrado dirigente, destaca mesmo "a frequência diária" com que visitava as emblemáticas e centenárias instalações na Rua Ivens, nº 37, em Lisboa.
O velório realiza-se a partir das 10 horas desta sexta-feira, na Igreja de Santa Joana Princesa, em Lisboa.
O funeral está marcado para sábado, às 13 horas, no Cemitério do Alto de São João, também na capital.
As exéquias serão conjuntas, uma vez que a irmã mais nova de Afonso Manuel Braga da Cruz, Isabel Braga da Cruz, também faleceu no mesmo dia.