Este sábado, há batalha em Guimarães. As armas serão substituídas pelas almofadas e o belicismo pela alegria, no Flash Mob Batalha de Almofadas Guimarães 2012. Depois de D. Afonso Henriques ter partido à conquista de Portugal a partir de Guimarães, a batalha da cidade é outra. Todos podem comparecer pelas 16 horas, de travesseiro na mão, no Largo do Toural, prontos para batalhar sem aleijar.
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A ideia é acertar com a arma (diga-se, almofada) na cabeça do próximo. Com boa disposição à mistura, o resultado é uma guerra pacífica e indolor. Os mobilizadores, Cláudio Martins e Fátima Ferreira, inspiraram-se nas batalhas já realizadas em Lisboa, Porto, Braga e Coimbra. "Achei que Guimarães podia ter uma também", explica, ao JN, Cláudio Martins. Ao lado, Fátima Ferreira não dúvida da mobilização da cidade: "As pessoas de Guimarães querem que a cidade seja projectada".
Convocatória via Facebook
São ambos de Vizela, mas conhecem Guimarães como a fronha das suas almofadas. Ele tem 19 anos e ela 20. Ele é operário e ela fotógrafa. Por estes dias, dedicam-se "à divulgação" do Flash Mob. Apesar de mais de três mil pessoas terem confirmado presença via "Facebook", afirmam: "Se vierem 2000 já ficamos muito contentes". É proibido utilizar outros objectos ou adulterar as almofadas, sendo obrigatório parar quando alguém assim pede. A batalha termina quando a sirene tocar. Aí, é hora de arrumar os vestígios de guerra (diga-se, penas) para "deixar o Largo do Toural limpo", alertam.
O evento não passa indiferente na cidade e algumas lojas até estão a oferecer almofadas aos clientes. António Costa, responsável pela pastelaria Supremo Gosto, foi o pioneiro da ideia: "Para além de termos o nosso espaço publicitado, contribuímos de forma generosa para o evento", explica, ao JN. Em cada dez euros de compras, os seus clientes ganham uma das mil almofadas fabricadas. A procura, garante, "é muita" e "já estão a esgotar". A pastelaria Gil Vicente também tem muita procura: "Sobretudo adultos que levam para as crianças", revela Miguel Nogueira.