40 mil bilhetes para assistir ao concerto de Harry Styles, em julho de 2023, são hoje postos à venda. Ontem, os 10 mil primeiros voaram em 15 minutos.
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A cena parece repetir-se na Rua Passos Manuel, no Porto mas com uma intensidade muito menor. Uma fila compacta, maioritariamente feminina, aglomera-se até à Rua de Santa Catarina à porta da FNAC, para garantir bilhetes para Harry Styles. Mas, apesar de serem algumas dezenas, está longe da histeria que foi o concerto dos Coldplay.
Mais uma vez, a simpática equipa distribui bolachinhas e cafés matinais, aos jovens e adolescentes que ali passaram a noite e leva alguns ao quarto de banho. Sim, passar a noite obriga a uma certa logística que com o ímpeto de estar perto do seu ídolo, não se lembraram de acautelar.
Ana foi das primeiras a chegar trouxe caixas de cartão para pôr no chão, mantas térmicas e bebidas quentes. Este ano não conseguiu bilhetes para ver o Harry Styles, então, conta "não podia perder a oportunidade".
Patrícia veio com a prima, estão ensonadas e irritadas."Ontem fomos das primeiras inscritas para comprar os bilhetes online e não conseguimos nada. É tudo fake, não saímos daqui enquanto a FNAC não nos der o bilhete", conta. Uma rapariga um pouco mais velha explica-lhe, revirando os olhos: "a FNAC não tem nada a ver, é a Everything is New".
Viram-se de costas, cortando o diálogo para evitar algum desaguisado.
Isabel chegou às 9 da manhã, cara fechada e braços cruzados. "Não vim antes, porque acho que não vale a pena, da outra vez (este verão) fiz de tudo para conseguir e não consegui, se agora der, deu" . E deu. Isabel conseguiu os bilhetes que queria, assim como a restante fila que dormiu na rua para ver Harry Styles. Às vezes os melhores momentos não são o objetivo final, mas sim a antecipação. Estes já têm uma história para contar.