O musical “Eu Quero Voltar - Os Anos 90” tem antestreia agendada para esta sexta-feira, pelas 21.30h, no Auditório do Casino Estoril.
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Da irrupção do grunge e suas ondas de impacto ao hip hop; das girl bands e boy bands aos pagers; dos tamagotchis ao desenvolvimento da internet e satélites: os anos 90 foram uma década de profundas mudanças na sociedade, tecnológicas, geopolíticas, de uma cultura fervilhante, com muita e afamada música a acompanhar.
Henrique Feist, Valter Mira, Filipa Saavedra e Natacha Cantarinhas são os protagonistas de um espetáculo revivalista que promete levar o público de novo a esta década, e a tudo o que aconteceu antes da famosa contagem decrescente para a mudança do século e do milénio.
Com direção musical de Nuno Feist, “Eu Quero Voltar - Os Anos 90” tem a antestreia agendada para esta sexta-feira, 14 de junho, pelas 21.30 horas, no Auditório do Casino Estoril. A estreia acontece no dia seguinte.
Relembrar acontecimentos, canções, factos, é o desafio da encenação, em parte com um objetivo: percebermos como é que chegámos, afinal, a este novo milénio, e ao mundo tal como o vivemos agora.
Segundo explica Henrique Feist ao JN, a narrativa começa por nos dar a conhecer quatro amigos, que se juntam para celebrar a passagem para o novo século.
Logo o espetáculo volta atrás, para percorrer a década por inteiro, num flashback que cobre os acontecimentos “mais pertinentes, mais marcantes e mais emocionantes” dos anos 90, adianta o artista.
“Passamos por tudo, pelo grunge, pelo pimba, pelo pop, pelas girl bands, pelas divas, pelas boy bands. E pelos eventos históricos, e muitas vezes as canções estão lá para realçar qualquer mensagem que queiramos dar para o episódio que vem a seguir, o acontecimento que vier a seguir”, diz ainda o encenador português.
Tal como acontece com a maioria das viagens ao passado e às memórias, a intrusão pela nostalgia deixa dúvidas no ar. “A pergunta que fica é: se realmente voltássemos atrás, como o espetáculo faz, com um flashback, voltando a percorrer a década toda, faríamos tudo outra vez? E percebemos que provavelmente faríamos, ou seja, que a raça humana não aprende”, salienta Feist.
“É aí que entendemos: ok, eles reviveram isto tudo e o que mudariam? O que fica é: não depende de uma pessoa só mudar, depende do mundo mudar. Uma pessoa pode ter boa vontade em querer mudar o mundo, mas não consegue sozinha. Era preciso o mundo mudar e o mundo está viciado; pois não aprenderíamos nada se voltássemos atrás, faríamos provavelmente tudo igual”, conclui.
Depois da antestreia, o início das performances arranca sábado, 15 de junho, renovando-se o ciclo de representações às sextas-feiras e aos sábados, pelas 21.30h. Os bilhetes custam 16 euros e estão à venda na Ticketline.