Homenagem à “figura ímpar, cómico notável e improvisador de destaque”. Distinção será entregue pelo primeiro-ministro António Costa.
Corpo do artigo
Esta terça-feira, Herman José celebra o seu 70.º aniversário, num ano em que assinala também 50 anos de carreira, sendo-lhe atribuída a Medalha de Mérito Cultural pelo Governo.
“Não se imagina melhor presente de aniversário”, partilhou o ator e humorista nas redes sociais.
“Figura ímpar, cómico notável e improvisador de destaque”, é assim que Herman José é descrito pelo Ministério da Cultura, na véspera deste receber uma das mais distinções artísticas mais elevadas em Portugal.
A Medalha de Mérito Cultural é a condecoração portuguesa do tipo civil, criada em 1984, com objetivo de distinguir pessoas singulares ou coletivas, nacionais ou estrangeiras, pela sua dedicação ao longo do tempo a atividades de ação ou divulgação cultural.
A condecoração será entregue pelo primeiro-ministro, António Costa. A cerimónia terá lugar esta terça-feira, na residência oficial do primeiro-ministro, em S. Bento, Lisboa, "em sinal de reconhecimento do inestimável trabalho de uma vida dedicada à televisão, à rádio e às artes do espetáculo ao longo de cinquenta anos e, em especial, pelo seu trabalho pioneiro como humorista incondicionalmente comprometido com a Liberdade", diz a nota do Governo.
“Orgulhoso”, Herman José está a receber muitas felicitações do fãs nas redes sociais, que o consideram "o melhor de sempre”.
Hermann José Krippahl
Registado com o nome civil Hermann José Krippahl, o comediante nasceu em Lisboa a 19 de março de 1954, filho de Hermann Ludwig Krippahl, de nacionalidade alemã e espanhola, e da portuguesa Maria Odette Antunes Valada. Fez os seus estudos na Escola Alemã, em Lisboa.
Iniciou a sua carreira artística pela música, fazendo as suas primeiras aparições televisivas aos 18 anos, num programa juvenil em que participa como baixista de um trio chamado Soft. No início de 1974, faz parte do grupo In-Clave, banda residente do programa da RTP “No tempo em que você nasceu”, sob a direção do maestro Pedro Osório.
A estreia como ator aconteceu poucos meses depois do 25 de Abril de 1974, no Teatro ABC, no espetáculo de revista “Uma no cravo, outra na ditadura”. A peça contava com textos de José Carlos Ary dos Santos, César de Oliveira e Rogério Bracinha, e música de Pedro Osório, Thilo Krasmann e Fernando Tordo. Do elenco faziam parte nomes consagrados como Ivone Silva, José de Castro ou Nicolau Breyner.
No ano seguinte, Herman debutou na televisão, no programa “Nicolau no país das maravilhas”, onde se destaca na rábula “Sr. Feliz e Sr. Contente”, ao lado de Nicolau Breyner. Não tardou a afirmar-se como ator e entertainer com talento nato.