Espetáculo do humorista da Porta dos fundos volta a Portugal para uma tour de sul a norte.
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As “Histórias de Porchat” estão de volta e a história repete-se: datas lotadas, novas sessões, são novamente a marca da tour do humorista brasileiro da “Porta dos fundos” em Portugal, país que já considera como sua “casa”.
O espetáculo de stand-up do também argumentista e apresentador arranca sábado em Albufeira, Algarve, mas, até novembro, percorre o país de sul a norte, passando a 5 de outubro pelo Coliseu de Lisboa, com duas sessões, e a 18 pelo do Porto
Ao JN, Porchat explica como o sucesso deste stand-up, que tem já acima de 300 sessões e foi visto por mais de 250 mil espetadores, vem de uma identificação do público com as “maluquices”, os imprevistos; reforçada por uma constante atualização do argumento, como acontece com a vida. “O conceito tem a ver com as minhas viagens, o fato de eu amar viajar e ter percebido que tinha histórias divertidas de sítios, lugares e pessoas, de coisas que não deram certo. Porque nós rimos é do que dá errado, não do que funciona”, explica.
Encontrado o “fio condutor”, Porchat começou a reunir as melhores histórias e estreou o espetáculo em Portugal em 2022, tendo entretanto adaptado o guião. “O atual tem uns 50% diferentes do de 2022. Há novas histórias, novas viagens, coisas que saíram”, frisa, lançando um convite à “família toda”: “no público, há adolescentes, idosos, todas as gerações; porque no fim do dia, todas as pessoas acabam por se identificar”.
Entre tours, gravações e lazer, as viagens do humorista não param e as situações também não. “Agora quando corre algo mal numa viagem, já nem fico enervado. Pelo contrário, penso ‘opa, que bom, mais uma história’; se tudo corre bem é que fico chateado”, brinca.
Contador de histórias
Entre este espetáculo, outros e programas como “Que história é essa, Porchat?” – ou “ Só como e bebo. por acaso, trabalho!”, da RTP –, fica claro que o humorista se vê como, e se tornou, sobretudo, um contador de histórias. “É isso, gosto de me embrenhar, de saber do que se trata, quem são as pessoas. Mesmo em Portugal quando fiz o programa a seguir os passos de Saramago, entrava na casa das pessoas, nas aldeias, porque me interessa mesmo saber o que têm para contar. A verdade é que todas as pessoas têm uma boa história, todas já passaram por algo. E gosto muito de ouvir as histórias dos outros e por isso acabei por me tornar, também, um contador de histórias”.
Depois de Albufeira, o espetáculo passa por Leiria a 29 de setembro, Lisboa a 5 de outubro, Caldas da Rainha a 6, Guimarães a 11, Beja a 12, Tróia a 13, Porto a 18, Funchal a 19 de outubro, Vila Real a 26, Coimbra a 27 de outubro e Braga a 2 de novembro.
