O livro "Guiné-Bissau: um país adiado", do jornalista Manuel Vitorino, foi apresentado, esta quinta-feira, no Porto. Na apresentação, o investigador Adriano Bordalo e Sá e o presidente da organização "Mundo a Sorrir", Miguel Pavão, falaram das experiências que o livro proporcionou e os problemas que afetam a Guiné-Bissau nos dias de hoje.
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Manuel Vitorino voltou ao país onde esteve há 40 anos atrás como militar, com a missão de ajudar o povo guineense a sair da miséria em que vive. No livro "Guiné-Bissau: um país adiado", o jornalista reúne 41 crónicas sobre os problemas estruturais, económicos e de desenvolvimento da antiga colónia portuguesa e várias entrevistas a médicos e missionários que trabalharam no país, tentando mudar a realidade dura do povo guineense.
Joaquim Pinto da Silva, da Editora Orfeu, foi o primeiro orador da apresentação do livro. Com elogios ao trabalho de Manuel Vitorino na Guiné-Bissau, que junta também as fotos de Hugo Delgado, falou sobre as dificuldades que o povo guineense enfrenta e as raras ações portuguesas para ajudar o desenvolvimento do país. Sobre o livro, Joaquim Silva diz que as palavras do jornalista "não escondem a ternura pela gente e pela terra".
A história de Guiné-Bissau e a pouca importância com que Portugal vê a antiga colónia é contada pelo investigador Adriano Bordalo e Sá. "A Guiné é um país adiado, sem dúvida", diz o investigador, que espera que o livro sirva para mudar o paradigma que se vive e que Portugal comece a ajudar mais países como a Guiné porque "temos uma responsabilidade histórica".
No seu trabalho na Guiné, Manuel Vitorino contou com a ajuda da organização "Mundo a Sorrir", que leva a cabo vários projetos de desenvolvimento nos países africanos com dificuldades. Miguel Pavão, presidente da organização, também esteve presente no lançamento do livro e partilhou algumas histórias de pessoas que foram conhecendo na antiga colónia. "Diria que este livro é, acima de tudo, um compromisso", disse Miguel Pavão.
Manuel Vitorino não falou sobre o livro. No final da apresentação, agradeceu às pessoas que o acompanharam e desejou que "leiam o livro com o mesmo entusiamos com que eu o escrevi". As verbas angariadas pela venda do livro serão revertidas a favor da "Mundo a Sorrir".