“A grande fantochada” reconta a História de Portugal e, seis meses após a estreia, chega ao Teatro Sá da Bandeira, esta sexta-feira e sábado, para duas récitas.
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O Porto é um momento especial para “A grande fantochada”. Quem o diz é o criador da peça, Hugo van der Ding. Seis meses após a estreia, a Invicta recebe o teatro de marionetas que, através do humor “e de linguagem pouco recomendada a crianças”, conta a história de Portugal até à Revolução dos Cravos.
E por que será especial? “O espetáculo tem uma espinha dorsal, mas pelo meio há um momento de improviso que se adapta a cada local”, diz o humorista ao JN.
Para o Porto, der Ding preparou “uma coletânea das histórias” de que mais gosta. Além disso, “o Sá da Bandeira é dos palcos mais bonito que já pisei na vida, é sempre um dia de comoção”, revela.
À ligação com a cidade, o humorista junta ainda a data “a calhar”: “Há a coincidência de atuarmos nos 50 anos e um dia do 25 de abril, sendo que essa já é uma das partes do espetáculo, faz sentido dar-lhe ainda mais ênfase”.
Sobre os seis meses em palco de “A grande fantochada”, o escritor e cartoonista confirma o que “é o concretizar de um desejo antigo. Há muitos anos que tinha vontade de me aventurar neste mundo e a reação do público a cada nova personagem é impagável”.
Dos seis personagens de tecido iniciais, já são agora oito os que ganham vida. E com meio ano de convivência, há laços que se intensificam. Para o humorista, Juliana Saavedra (personagem das suas ilustrações que ganhou vida como fantoche) e Luís de Camões – os dois bonecos por si manipulados – “são especiais”. Os restantes protagonistas estão a cargo de Vítor D’Andrade e, no palco, há ainda banda sonora ao vivo de Joana Gama, num “toy piano”.
Ainda que o aviso esteja dado – o espetáculo é para maiores de 12 anos –, há quem se tenha “aventurado” a levar crianças ainda mais pequenas à “Grande fantochada”.
O criador alerta: “As personagens dizem coisas horríveis, nada apropriadas para uma criança, mas sentimos que, principalmente no Norte, os pais levam a linguagem imprópria de forma descontraída”. E assim, apesar dos impropérios, a base é pedagógica e educativa: estamos todos a aprender sobre a História de Portugal.
O espetáculo tem apenas duas récitas nio Porto: esta sexta-feira e depois sábado, sempre às 21 horas, no Teatro Sá da Bandeira. O preço dos bilhetes varia entre os 10 e os 18 euros.