<p>A indústria discográfica portuguesa perdeu setenta por cento de facturação em dez anos, muito por culpa da pirataria na Internet, disse o director-geral da Associação Fonográfica Portuguesa, Eduardo Simões.</p>
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O responsável falava à Lusa no final de uma audiência com o PSD, a primeira de uma ronda com os partidos políticos para os sensibilizar para a falta de medidas legislativas sobre a pirataria na Internet.
Na audiência com a vice-presidente com o pelouro da cultura do PSD, Nilza Mouzinho de Sena, estiveram Eduardo Simões, o director-geral da editora EMI, João Teixeira, e os músicos João Gil, João Pedro Pais e Rita Redshoes.
Para Eduardo Simões, a actual legislação portuguesa é "desadequada para lidar com este problema gravíssimo da pirataria na Internet e que levou nos últimos dez anos a uma quebra de 70 por cento na facturação e a uma redução de 55 a 60 por cento nas unidades vendidas".
"Se continuar assim vamos desaparecer. Isto tem graves consequências económicas", alertou.
A solução, explicou o director-geral da AFP, pode passar por um modelo legislativo semelhante ao que existe em França, de resposta gradual aos que fazem descarregamentos ilegais contínuos de música na Internet.
Suspender o acesso à Internet e aplicar multas são algumas das sanções sugeridas pelo grupo que representa a indústria discográfica.
Depois do PSD, que terá mostrado abertura e sensibilidade para estas questões, disse Eduardo Simões, a AFP e os representantes dos músicos portugueses tencionam prosseguir em Janeiro o périplo de encontros com os restantes partidos com assento parlamentar.