Pepe de Lucía, irmão do fenomenal guitarrista Paco de Lucía, fez, este sábado, um apelo público para que sejam devolvidas as mãos do irmão, Paco, que foram roubadas do memorial que lhe é dedicado em Castro Marim.
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O memorial ao guitarrista, considerado o melhor do Mundo, falecido aos 66 anos, em 2014, foi inaugurado em Castro Marim, em 2018, com o Largo Manuel Gomes - Tributo a Paco de Lucía, em Monte Francisco, de onde era natural a mãe.
O espaço, que pretende evocar e resgatar a vida e obra do músico, compositor e intérprete, tem peças artísticas que invocam sensorialmente o instrumento que elegeu, a guitarra. No Largo foi também instalado um sistema de áudio, que disponibiliza aos visitantes o legado musical do génio da guitarra e do flamenco.
Há dois meses, as mãos do génio da guitarra foram furtadas do local. A informação foi confirmada ao JN pelos comandos da GNR de Faro e de Castro Marim que informaram que "o caso foi entregue para diligências ao Ministério Público".
"O Largo Paco de Lucía é um local intimista e acolhedor, um local de orgulho e de saudade, onde se consegue sentir a ligação de Paco de Lucía às suas raízes lusitanas" escreve a autarquia de Castro Marim.
O irmão e também músico, Pepe escreve este sábado: "Nessa casa em Castro Marim nasceu a nossa mãe Luzia. As autoridades fizeram aí um monumento de Paco de Lucía, nosso irmão e hoje fiquei a saber que as mãos desapareceram do monumento. Apelo à boa-fé para que possamos seguir desfrutando da homenagem de Portugal à sua pessoa e à sua arte".
Francisco Gustavo Sánchez Gomes - Paco de Lucía - gravou dois álbuns "Castro Marín" (1981) e "Luzia" (1998) de homenagem à sua herança materna. Castro Marim quis devolver o carinho ao "mestre absoluto do flamenco", com este memorial e também com o Festival de Lucía.