Recorde algumas revelações e confissões de Eunice Muñoz, nome grande do teatro português.
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"Tenho medo de tudo. Ninguém está mais desabrigado que um ator"
"A morte só Deus sabe quando chega, mas não vou escurecer a vida até aí"
"Custa-me muito reconhecer (a grandeza como atriz). Está bem que fiz coisas interessantes, houve interpretações que estiveram bem, outras que não gosto tanto. Sou muito crítica, é quase doentio, porque queria a perfeição e isso é impossível".
Lembro-me perfeitamente do dia da estreia e tenho isso como uma imagem que ficará até ao fim dos meus dias. Ainda hoje recordo o pavor, como me senti do tamanho de uma mosca e como o pano era gigantesco para mim que tinha 13 anos
"Procurei sempre fazer mais e melhor. Ao longo de seis décadas de carreira recebi cumprimentos e homenagens sinceras, mas jamais descansei à sua sombra. Quando o elogio chega das gerações mais novas fico verdadeiramente agradada".
Nunca fui muito obediente. Sofri muitas críticas por isso. Casei três vezes. Sempre impus a minha vontade e fui um bocado rebelde
"Não tenho nenhuma sabedoria política, é o meu coração que manda, a minha sensibilidade".
"Tenho sempre tanta coisa para fazer e em que pensar, tantos livros que não li, tanta música que não ouvi, que convivo bem com a solidão".
"Somos aquilo que conseguimos ser, não mais que isso"