A artista norte-americana Jenny Holzer apresenta até 29 de setembro algumas das suas obras mais icónicas no celebrado museu Guggenheim de Nova Iorque.
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A espiral que Frank Lloyd Wright (EUA, 1867-1959) desenhou para o Museu Solomon R. Guggenheim, em Nova Iorque, oferecem as condições ideais para uma instalação site specific que Jenny Holzer (EUA, 1950) criou para este museu em 1989 e que é agora reimaginada para a exposição “Light Line”, patente até 29 de setembro. Recorrendo à luz e à apresentação dinâmica da palavra, a obra sintetiza a linguagem de uma artista ativista que, desde a década de 1980, começou a inscrever a sua voz de protesto no espaço público, adotando as tipologias preconizadas pela sociedade do consumo – como os letreiros luminosos ou os cartazes – que é, aliás, um dos temas abordados, criticamente, na sua produção artística.
Jenny Holzer não se esconde e é nesse arrojo e é essa vontade de mudança que a faz transgredir fronteiras e convenções, incitando reflexões, desde os tempos do Colab, coletivo fundado em 1977 e Nova Iorque e que tinha como propósito encontrar alternativas de apoio à criação e de promoção de um grupo de artistas que não se identificavam com as estéticas institucionalizadas e que pretendiam uma expansão das suas ações para o espaço público.