
JK Rowling
Suzanne Plunkett/Reuters
A autora de Harry Potter, J.K. Rowling, divulgou duas cartas de editoras a rejeitar a publicação do alter-ego Robert Galbraith . "Não é comercialmente viável", lê-se numa das negas.
A autora de Harry Potter era já milionária e uma autora consagrada quando quis publicar um romance sob o pseudónimo de Robert Galbraith. Foi recusada por várias editoras, com uma a escrever um e-mail a aconselhar J.K. Rowling a fazer um curso de escrita.
O primeiro romance de Galbraith, "Quando o cuco chama", foi publicado por uma pequena editora de Norwich e tinha já vendas respeitáveis quando foi revelado que a autora era a mesma que assinou o sucesso Harry Potter. Desde então, as vendas dispararam e J.K. Rowling tem já três livros publicados com o pseudónimo de Galbraith.
A pedido de uma fã, Rowlling publicou no Twitter fotos de duas das cartas de rejeição ao primeiro romance assinado como Robert Galbraith. Apagou as assinaturas dos editores que a recusaram, porque "o objetivo é inspirar, não procurar vingança".
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Rowling revelou, também, que recebeu várias negativas às primeiras tentativas de publicar Harry Potter. Não as mostra, porque "estão fechadas no sótão", mas conta a história para mostrar que os aspirantes a escritores têm frequentemente de fazer o caminho das pedras.
Casos como o de Joanne Harris, que se juntou à discussão, também pelo Twitter. Autora de vários romances de grande circulação, revelou que em 1999 teve tantas rejeições ao livro "Chocolate", mais tarde adaptado ao cinema com Johnny Depp, que fez uma escultura com as cartas.
O mestre os livros de espionagem, John Le Carré, não teve um início fácil. O primeiro romance, "O espião que veio do frio", andou de editora em editora, com um comentário assassino: "Um autor sem futuro".
Ulisses, a obra-prima de James Joyce, ainda hoje incompreendida por muitos, foi recusado por vários editores, sendo publicada pela "Shakespearer & Co", da amiga Sylvia Beach.
TS Eliot, um dos mais consagrados poetas e dramaturgos britânicos, conhecido crítico literário foi editor na Faber and Faber e rejeitou publicar "O triunfo dos porcos", de George Orwell.
Moby-Dick, Herman Melville, também teve dificuldades em ver a luz. Ainda hoje é famosa a pergunta do editor: "Tem mesmo de ser uma baleia?"
