A poucos meses de publicar pela Contraponto uma muito esperada biografia sobre Herberto Helder, João Pedro George afirma ao JN que a apetência crescente por este género se deve ao "triunfo de um individualismo exagerado".
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Mais do que os nomes dos biografados, João Pedro George diz-se sobretudo interessado num outro ponto, relacionado com o processo: "Todas as biografias deveriam ser respostas a perguntas, formas de explicação que acabam por colocar novas perguntas".
Para o escritor e professor universitário, uma biografia mais não é do que "a exaltação de uma individualidade excepcional, de um ser que escapou à força gravítica da coerção social e se afastou do comum dos mortais".