Criador dos Chromatics, Glass Candy e Desire dá espetáculo multimédia este sábado, num exclusivo da sala Mouco. Menu contém composições para bandas sonoras.
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Johnny Jewel, o eclético compositor, produtor, letrista e artista visual norte-americano, reconhecido por combinar sintetizadores analógicos com tons eletroacústicos que erguem paisagens textuais ultra vívidas, esteve no Festival de Paredes de Coura em agosto – mas deixou-se ofuscar pela lasciva ondulação interminável de Megan Louise, a voz carnal de rendas e couro que o ladeia nos Desire. Foi uma aparição rara – e o público ululou.
Este sábado, como se de nova visão espetral se tratasse, Johnny Jewel aterra no Porto para atuar a solo, e em exclusivo nacional, na emblemática sala Mouco, no Porto (21.30 horas), para derramar música composta para filmes e séries icónicas como “Twin Peaks”, “Lost River”, “Drive” ou “Bronson”.
Jewel, um singular criador de synthpop cinematográfico, adepto de ambientes fatais neo-noir, inventor da editora Italians Do It Better, é a força criativa por trás dos grupos Chromatics e Glass Candy, além dos Desire.
O público é convidado a entrar no seu sui generis caleidoscópio sideral, com 60 minutos de improvisação que contêm música ambiental e eletrónica de recorte peculiar numa moldura multimédia.
Dizer que é um espetáculo a não perder é dizer pouco. Os bilhetes já estão esgotados, evidentemente.