Antes da atuação, em julho, em Vieira do Minho, no festival itinerante Província Sonora, a dupla Lívia & Fred passou, esta segunda-feira, pela redação do Jornal de Notícias, no Porto.
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O festival, que conjuga a música erudita com a tradicional, começou a edição deste ano em março, em Leiria, e continua nos meses de julho e setembro. Tem epicentro em Vieira do Minho, onde a dupla brasileira vai atuar a 21 de julho, mas vai passar por Zamora (Espanha), Macedo de Cavaleiros, Valtellina (Itália), Castelo Branco e Faial, levando "o espírito de itinerância, descentralização e internacionalização" que o certame tem como bandeira.
Com este festival, a organização espera aproximar a música erudita das pessoas. "Queremos dizer que a música clássica pode ser fruída como qualquer outro tipo de música, sem formalismos, mas com todo o empenho e dedicação para que sejam grandes concertos. Ainda por cima de entrada livre".
Já com o concerto na redação do JN, Lívia & Fred quiseram trazer um pouco da "riqueza e da diversidade" da música brasileira que pretendem também levar até ao evento. "Desta vez, trouxemos um espetáculo sobre serestas que é um género que surgiu em meados do século XIX no Rio de Janeiro e que deu luz ao que mais tarde se tornaria a canção popular urbana", afirmou Fred Ferreira.
Para o casal, "parceiros de música", faz, por isso, todo o sentido marcar presença num festival como o Província Sonora. "Trabalhamos com uma música que já, de cara, uma música de fusão dos mundos, da música clássica com a música popular. Faz todo sentido que a música brasileira esteja sempre metida nesses ambientes", adiantou Lívia Nestrovski.
O festival Província Sonora é uma iniciativa da Artway, entidade promotora e empresa dedicada à gestão cultural, gestão artística, produção e edição discográfica, em especial de música erudita. Para Vanessa Pires, da direção artística, sem o apoio de entidades como a DGARTES, o Ministério da Cultura e de todas as cidades que acolheram o certame, a realização do evento era "impossível".
"Esperamos poder angariar mais apoios porque efetivamente é importante o apoio público, mas também a participação privada para que estas iniciativas da cultura e da arte possam continuar a existir. De outra forma seria impossível", assegurou a responsável.