Uma passagem do livro de memórias do ex-primeiro ministro britânico Tony Blair, que relata um episódio na cama com a sua mulher, Cherie, foi nomeada para o prémio ao "pior sexo" concedido pela revista Literary Review.
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Segundo noticia hoje, sábado, o diário de Londres The Independent, a candidatura ao prémio de duvidoso mérito resulta de um relato no livro "A Journey" ("Uma Viagem"), relativo à noite de 12 de Maio de 1994 quando Tony Blair soube da inesperada morte do então líder trabalhista John Smith, que abriria caminho à sua liderança no Labour e no país, e teve de ser consolado por Cherie.
"Nessa noite (Cherie) acolheu-me nos seus braços, disse-me o que eu necessitava ouvir, deu-me forças... Nessa noite de 12 de Maio de 1994 eu necessitava com egoísmo desse amor que me dava. Devorei-o para que me desse forças. Era como um animal seguindo o meu instinto", escreveu Blair.
Foi a primeira vez que a prestigiada revista britânica candidatou um texto de não ficção para um prémio que já contemplou os escritores Martin Amis, Ian McEwan e Jonathan Franzen "por cenas de pior e mais torpe sexo" na literatura do Reino Unido.
Ainda antes desta distinção ser conhecida, já David Cameron, o conservador que sucedeu aos trabalhistas em Downing Street, 10, tinha antecipado as "potencialidades" da narrativa de Blair ao considerar que uma das lições que tirou de "A Journey" é a de que os "políticos devem manter discrição sobre os seus instintos animais".