“O Rei de Nova Iorque” é a suprema biografia do homem que transgrediu todas as regras e mudou o curso da música. O JN falou com o autor do livro, Will Hermes.
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Dos Velvet Underground diz-se na cultura popular – será uma frase de Brian Eno, numa entrevista em 1982 – que cada um dos que compraram uma de 30 mil cópias que o seminal álbum de estreia ("The Velvet Underground & Nico") vendeu nos primeiros anos, terá começado uma banda.
O grupo que revolucionou a música e que a expandiu para novos sons e conteúdos, deixou um legado que extravasou a obra física e se propagou pelos seus elementos – disso o maior exemplo o vocalista e guitarrista Lou Reed, cuja morte aos 71 anos, em 2013, deixou um vazio na arte-rock. Tal como o grupo que criou com John Cale e que influenciou muito do que viria depois – dos Joy Divison a Nick Cave ou aos REM – mas cuja reverência tardou, também a dimensão do legado de Lou Reed ainda deverá crescer. A sua música “continua a facilitar-nos a vida”.