Aos 13 anos, compra a primeira guitarra. Aos 19, funda os Trovante com amigos. Aos 36, começa um caminho a solo. Agora, aos 67, tem mais um disco, o 15.º em nome próprio, e coliseus marcados.
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São 48 anos de carreira com impressão digital. Um acervo de respeito. Continua a escrever letras à mão e a sentir-se mais latino do que europeu. É um homem pragmático, pai atento, preocupado com o país, cuida das suas plantas e gosta de cozinhar (e não é cozinha de recurso, avisa, são pratos à maneira).
Salas esgotadas, êxitos, duplas platinas, Ordem de Mérito. Apesar disso, Luís Represas não vive agarrado ao passado e tem mais um álbum, “Miragem”. Um processo novo, mastigado e maturado, como nos conta nesta conversa num jardim de Lisboa, em que pede para nos tratarmos por tu. Em pouco mais de uma hora, mais de dez aviões rasgaram o céu de Lisboa por cima das nossas cabeças. Dia 14 de março, estará no Coliseu do Porto. Um dia depois, no de Lisboa. “A música resolveu sentar-se ao meu colo”, diz. E isso deixa-o muito feliz.