Super Bock Arena recebe este sábado o espetáculo "Disney in concert". Sob a batuta de Nuno de Sá, Lisbon Film Orchestra vai interpretar ao vivo os maiores clássicos da "fábrica de fazer sonhos".
Corpo do artigo
Princesas que (não) precisam de ser salvas, o semideus grego que tenta voltar para o Olimpo, o monstro que se transforma num príncipe, a sereia que abdica da cauda pelo verdadeiro amor... Com histórias tocantes e emblemáticas canções que encantam miúdos e graúdos, os filmes da Disney fizeram, e continuam a fazer, parte da vida de todos.
A magia deste universo regressa este sábado à Super Bock Arena. A casa de espetáculos torna-se no encantado reino dos contos de fadas ao toque da batuta do maestro Nuno de Sá e do som enfeitiçante da Lisbon Film Orchestra .
Chega assim ao Porto "Disney in concert: Tale as old as time" , com dois espetáculos imperdíveis para toda a família. Os 56 músicos que compõem a orquestra aliam-se aos quatro cantores e bailarinos David Ripado, Patrícia Duarte, Ricardo Ferreira e Vânia Blubird para, em conjunto, proporcionar momentos únicos ao som da banda sonora das animações que marca a infância de gerações.
O JN teve a oportunidade de estar à conversa como o maestro e os cantores Ricardo Ferreira e Vânia Blubird para desvendar os mistérios encobertos por este véu de magia.
"Tale as old as time"
O sucessor de "Magical Music from the Movies" é um espetáculo musical com alinhamento novo composto por temas que vão desde "o primeiro filme dobrado em Portugal até ao último".
Desde os clássicos, como "O Rei Leão" (1994) , "A Pequena Sereia" (1989) ou "A Bela e o Monstro" (1991), aos mais recentes sucessos de "Frozen" (2013), "Entrelaçados" (2010) e "Encanto" (2021), fazer parte deste espetáculo é, para os cantores, tão especial quanto representa uma grande responsabilidade.
"Subirmos a um palco e cantarmos estas canções da Disney que na nossa infância ouvíamos é uma responsabilidade, porque são canções que estão na história.", diz Ricardo Ferreira.
Além de contar com "algumas [músicas] preferidas do grande público", antigas e recentes, este concerto tem ainda a singularidade de dar palco às personagens que normalmente habitam as sombras: os vilões.
"Nos anos anteriores, a fazermos os concertos da Disney, sentimos falta das novas músicas que constam neste reportório, como o Hércules ou a Moana... Este ano temos também os vilões, que são uma parte que costumam ficar sempre de fora, e este ano há um medley só dos vilões", referiu Vânia Bluebird.
Magia do início ao fim
"Para mim é viver esta magia na primeira pessoa", afirmou a artista, questionada sobre qual a sensação de interpretar estes temas que fazem parte "das nossas memórias mais felizes de infância".
Se os cantores sentem a magia em primeira mão, o maestro Nuno de Sá diz que, enquanto artista, é uma "oportunidade muito boa, porque tenho noção que o reportório desperta emoções nas pessoas. É maravilhoso poder sentir isso quer na preparação que temos com as canções, ao estudar as partituras e ensaiar com os cantores, mas depois sentimos que o público está a vibrar connosco, que está a cantar connosco... Isso é realmente uma oportunidade única e que me deixa muito feliz de poder estar à frente."
Mas os concertos da Disney não são apenas recheados de encanto para quem está em cima do palco. Aqueles que os vão assistir são também inundados por este espírito. Dos mais novos aos mais velhos, a emoção contagia toda e qualquer pessoa presente. Ninguém fica indiferente a esta experiência, principalmente as crianças, promete a equipa.
"É mágico quando vejo as crianças à frente do palco a vibrar. Aqueles pequeninos que vêm mesmo para a frente do palco e que estão quase a subir para o palco e que estão a dançar, a cantar... Essa é a magia, é sinal que está a surtir este efeito mágico nas crianças. Eles querem viver aquilo".
Com uma logística dificultada pela tarefa de conjugar a orquestra com os cantores e ainda a sincronização com o ecrã gigante onde são projetadas as cenas do filme, o maestro Nuno de Sá considera que o maior desafio na execução deste espetáculo encontra-se em "sermos fieis ao original, mas também darmos o nosso lado pessoal quando estamos a interpretar".
100 anos da Disney
Assinala-se este ano o centésimo aniversário da Disney. Apesar de o espetáculo "Tale as old as time" não ser diretamente uma celebração do acontecimento, Nuno de Sá acredita que esta ocasião é "um bom convite para vir".
Ricardo Ferreira e Vânia Bluebird salientam o quão importante para eles é fazer parte do espetáculo precisamente quando se assinala este importante marco.
"A Disney acompanhou o nosso crescimento, a nossa infância, a nossa pré-adolescência, a nossa adolescência e a nossa fase adulta... Nós nascemos a ver filmes da Disney, crescemos a vê-los e continuamos a tê-la presente.", confessou Vânia.
"Celebrar a música"
"Tale as old as time" chega ao Super Bock Arena, no Porto, este sábado, depois de ter passado pelo Campo Pequeno, em Lisboa. À semelhança do que aconteceu na capital, haverá dois espetáculos.
Ricardo Ferreira diz que este "é um concerto para toda a família", ao que Vânia acrescenta que "vão haver coisas que vão cativar as diferentes gerações que possam assistir ao espetáculo".
Os espetáculos da Lisbon Film Orchestra, dirigidos pelo maestro Nuno de Sá e com a participação de quatro maravilhosos cantores e bailarinos, serão às 11 horas e posteriormente às 16 horas. Nuno Sá deixa um convite ao público: "Queremos convidar as pessoas a vir celebrar a música da Disney para que possam sentir novamente esperança e felicidade".