A primeira apresentação ao vivo de "Tricot", disco que resulta da parceria criativa entre os Mão Morta e o saxofonista Pedro Sousa, acontece já na noite desta quinta-feira, na Culturgest, em Lisboa.
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O gosto pelo risco faz parte do ADN dos Mão Morta. A caminho acelerado dos 40 anos, o coletivo bracarense continua a abraçar novos projetos com uma euforia que por norma costumamos associar a bandas debutantes.
O princípio basilar de cada nova aventura é sempre o mesmo - ousar experimentar novas formulações, mesmo que tal signifique enveredar por áreas ou géneros inusitados para uma banda de rock, seja a dança, a performance ou o cinema.
No final de 2021, em pleno confinamento, os autores de "Há já muito tempo que o ar nesta latrina se tornou irrespirável" voltaram a dar sinais de inconformismo, ao aceitarem o repto de colaboração com o saxofonista Pedro Sousa.
Dessa parceria resultaram três temas - "Com as próprias tripas", "Dias de abandono" e "A dança das raparigas" - reunidos numa gravação intitulada "Tricot", que alia a visceralidade dos Mão Morta às ambiências sonoras próximas do jazz.
Amanhã, às 21 horas, a Culturgest recebe esta colisão sonora improvável, numa estreia ao vivo que se prevê de emoções fortes.