Patrocinadores concentram investimento em Lisboa e deixam contas dos festivais no vermelho. Câmaras ajudam a sustentar perdas. Marcas chegam a ter um proveito 20 vezes superior ao investimento feito nos festivais.
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Algumas das principais marcas comerciais estão a redirecionar o investimento publicitário, deixando cair - de forma total ou parcial - o valor investido no mercado dos festivais de verão, sobretudo fora da região de Lisboa. Além de arriscarem deixar um negócio cujo retorno calculado é de dezenas de milhões de euros, para as marcas e para as economias locais, também fragilizam os orçamentos dos festivais, onde há muitas contas no vermelho.
O primeiro sinal foi dado pela EDP em 2022 quando deixou de ser “naming sponsor” dos festivais Cool Jazz e Vilar de Mouros, dois dos que figuram no top 10 dos maiores de Portugal ao nível de orçamento e retorno mediático. Um e outro caso já têm patrocinadores alternativos e este ano venderam o “naming” à companhia de seguros Ageas e ao grupo financeiro Crédito Agrícola, respetivamente.