Ornatos Violeta trouxeram amigos muito especiais: Samuel Úria, Filipe Pinto, Ana Deus e o Quarteto de cordas da Casa da Música.
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Os Ornatos Violeta regressaram em 2019 para assinalar os 20 anos do disco “O monstro precisa de amigos”. Chegados a 2024, já estamos a celebrar os 25 anos e, se pudéssemos, cá estaríamos em 2049 para festejar os 50 anos do “monstro”.
Na versão do Marés Vivas 2024, o grupo de Manel Cruz veio com um quarteto de cordas e a inconfundível Ianina Khmelick. “Leva qualquer eu a meu dia, dá-me paz, eu só quero estar bem, foi só mais um quarto, uma cama, no meu sonho era tudo o que eu queria”, letra de “Coisas” pôs o recinto todo do festival aos berros.
O tronco nu de Manel Cruz, a bateria de Kinorm e a guitarra de Peixe continuam a ser uma iconografia inconfundível de estrelato rock de que continuámos muito necessitados.
Como convidado esteve outro portento, Samuel Úria, outro monstro que veio cantar “Deixa morrer”, e Ana Deus subiu ao palco para “Ouvi dizer” - e as lágrimas escorriam no público, “pra nos lembrar que o amor é uma doença, quando nele julgamos ver a nossa cura”. Também Filipe Pinto entrou para a jarda de “O.M.E.M” - e todo o público engrandeceu, como se estivesse sob o efeito da substância anabolizante usada para aumentar massa muscular.
"Capitão Romance" parecia que ia terminar a festa, logo precedido do "Fim da Canção", mas ainda houve lugar para um encore com mais quatro prendas, a terminar "Pára-me agora", mas a verdade é que ninguém queria parar.