A atual diretora artística do museu de arte contemporânea de Guimarães vai para o Museu de Arte Contemporânea de Lisboa (MAC/CCB), mas será ainda responsável por duas exposições programadas para 2025
Corpo do artigo
A atual diretora artística do Centro Internacional de Artes José de Guimarães (CIAJG), deixará o museu vimaranense, a partir do dia 31 de dezembro, quatro anos depois de ter ocupado o cargo. A saída foi anunciada pela Oficina - cooperativa que gere as infraestruturas culturais do Município -, com uma nota de agradecimento pelo “enorme profissionalismo, dedicação e lealdade”.
Marta Mestre regressa a Lisboa, onde trabalhou como curadora independente, antes de assumir a direção do museu vimaranense, para integrar a equipa do Museu de Arte Contemporânea de Lisboa/ Centro Cultural de Belém (MAC/CCB). Anteriormente, no período entre 2010 e 2017, Marta Mestre tinha trabalhado no Instituto Inhotim, em Minas Gerais, e no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Segundo o vereador da Cultura do Município de Guimarães, Paulo Lopes Silva, “esta foi uma mudança preparada, para a qual tínhamos sido alertados pela Marta Mestre e que sabíamos que iria acontecer”.
Segundo o autarca, a substituição do diretora artística passará por um concurso, apontando como características fundamentais no perfil da pessoa que vier a ocupar o cargo: “as boas relações com a comunidade artística local, com a Universidade do Minho, particularmente com o curso de Artes Visuais (sediado em Guimarães) e com as estruturas autónomas de criação do território, uma vez que, mais do que um município de exposição de cultura, somos um território de criação”. O vereador aponta também a necessidade da pessoa que vier a desempenhar funções à frente do CIAJG “ter experiência e conhecimento no acondicionamento de coleções, em virtude de o museu ter à sua guarda um grande espólio do mestre José de Guimarães”.
Paulo Lopes Silva garante que Marta Mestre deixou “as melhores referências nos quatro anos que esteve no CIAJG, dando continuidade ao trabalho que tinha sido iniciado por Nuno Faria”. A diretora artística deixa ainda duas exposições programadas para 2025, uma delas, que já se sabe, será de Alexandre Estrela.