Festival de música dura três dias no Parque da Bela Vista, em Lisboa, com nomes como Massive Attack, Sam Smith, LCD Soundsystem ou Raye. São esperadas 100 mil pessoas.
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Ao 3.º ano, o Meo Kalorama, que encerra a época dos grandes festivais e tem sabor a despedida de verão, volta a trazer um menu de indie rock, eletrónica, pop planetária e ainda um piscar de olhos, este ano, ao afrobeat. Música, arte e sustentabilidade são os três pilares do encontro que traz este ano Massive Attack, Sam Smith, LCD Soundsystem ou Raye em destaque.
Os cabeças de cartaz estão anunciados há meses e serão os grandes angariadores de público, mas nesta edição, mais do que nunca, a magia poderá estar nos palcos secundários: só pelo San Miguel passam nomes como Gossip, Fever Ray ou Peggy Gou no primeiro dia; The Kills, Postal Service e Death Cab For Cutie no segundo; dEUS ou Soulwax a fechar - e ainda havia The Smile, que cancelaram no mês passado por doença.
“Venham cedo”
No Palco Panorama, mais dedicado à eletrónica, há artistas como Cheriii ou Kormac, e o novo Palco Lisboa, dedicado a uma ligação mais próxima com a cidade, recebe Glockenwise, Ezra Collective ou Yves Tumor, que se dedica a explorar as correntes sonoras entre o glam-rock, o electroclash e o alt-powerpop.
No Meo Kalorama, as portas abrem às 16 horas e pelas 17 horas já há música. A recomendação da organização é clara: “Venham cedo”, destaca ao JN Andreia Criner, não só para tratar de formalidades, como a troca de pulseiras - este ano obrigatória para todos os bilhetes, já que é a pulseira que serve como meio de pagamento -, como para aproveitar as ofertas musicais e artísticas, o recinto, e não correr riscos de perder nomes fortes.
À semelhança dos anos anteriores, e na linha dos festivais europeus onde os concertos fortes são pelas 21/22 horas, aqui há por exemplo Massive Attack para ver (20.05 horas, no palco principal, hoje, com Ana Lua Caiano antes, às 18.15 horas).
Para Andreia Criner, escolher os melhores concertos é tarefa impossível, mas entre os “festejos absolutos” de bandas como Jungle ou LCD Soundsytem, há que espreitar Raye e Burna Boy, no sábado. Até porque são sonoridades “menos habituais no Kalorama, mais voltadas para o afrobeat, o que pode “trazer um público mais multicultural, que é algo muito importante para o festival: a diversidade, a multiculturalidade”, destaca.
A responsável da promotora Last Tour aconselha ainda aos festivaleiros que levem roupa fresca - está previsto muito calor -, bem como um agasalho à noite. Sobre o pó no recinto, diz ao JN que têm sido reforçadas regas, mas nesta altura do ano, em que a relva está seca, é, até certo ponto, inevitável.
EUA e Alemanha sobem
Quanto ao público, são esperadas cem mil pessoas nos três dias, como no ano passado, a maioria de origem portuguesa, embora haja também muitos estrangeiros - EUA e Alemanha são mercados a subir.
À beira de começar a edição que tem um evento simultâneo em Madrid, o Kalorama Lisboa já anunciou que os próximos três anos são de parceria com a Meo, pelo que o regresso em 2025 é certo - sendo também certa a escolha do Parque da Bela Vista, pelo menos nesse ano, já firmada com a autarquia. Até porque o espaço tem, para a promotora, “muitas vantagens” e o público gosta, com o acréscimo de ter uma vasta rede de transportes, metro, Carris, CP e shuttles. Nessa nota, a organização deixa o último conselho: escolham os transportes públicos.