As portas do recinto abriram às 14 horas, com muitos a entrar cedo para marcar lugar e assistir às primeiras bandas. Blur e The Prodigy atuam esta quinta-feira.
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Já começou o festival onde o público se despede dos grandes eventos de verão. Esta quinta-feira, um quente último dia de agosto, o Meo Kalorama em Lisboa abriu portas e foram muitos os visitantes que quiseram entrar cedo, num dia onde Blur e The Prodigy são cabeças de cartaz.
Pongo teve o mérito de abrir o palco principal, ainda eram 16 horas, enquanto nos três restantes palcos (mais um este ano do que na estreia em 2022) se ouvia música desde as 15 horas. No palco secundário – agora San Miguel – José González entrou às cinco para as cinco, com muitos fãs ainda a chegar ao recinto da Bela Vista, outros a caminho, mas já um grupo de gente - o seu grupo de gente, claramente–, composto e reunido em frente ao palco.
Sozinho e de guitarra acústica na maior parte do espetáculo, o cantor de origem sueca enfrentou o calor da tarde, o burburinho constante da chegada e acumular de pessoas atrás, as conversas de reencontros, as filas para a cerveja e até o barulho do terceiro palco que o vento soprava, com a sua habitual serenidade e presença pacífica, quase etérea. Temas como “All You Deliver”, o clássico “Heartbeats” ou uma cover de “Love Will Tear Us Apart” – magicamente já sem ruído trazido pelo vento e sem burburinho – fizeram parte de um concerto que terminou com vénias em palco e no público, para um artista que não sabe fazer mal.
Perto das 18 horas, já com relatos de filas para entrar no festival, começaram também a acumular-se os grupos de fãs junto ao palco principal para guardar o seu lugar, sobretudo para Blur, como muitos contaram ao JN. Vindos da Austrália, Amy and the Sniffers levaram a energia do punk rock, os primeiros ensaios de mosh e encontrões ao palco principal. Com biquini de pele, cabelo loiro claro, uma postura, voz e sonoridades punk, Amy Taylor, saída quase dos anos 70 para o Kalorama, deu o primeiro aquecimento para uma noite que se espera forte.
Yeah Yeah Yeahs (19.50 horas), Blur (22 horas) e The Prodigy (00.40 horas) são alguns dos nomes que ainda passam hoje pelo Kalorama, no dia em que o evento fecha mais tarde (pelas 2 horas).
Até 2 de setembro, mais de 60 bandas, com nomes como Arcade Fire, Siouxsie ou Aphex Twin vão passar pelo Parque da Bela Vista, onde há ainda seis propostas de artes visuais para descobrir, sob curadoria da Underdogs.
Este ano, a reconfiguração do recinto é uma das novidades: os palcos passam a ser quatro, mas além das distâncias e localizações serem diferentes, não há sobreposição de horário entre os concertos dos dois palcos principais.